terça-feira, maio 27, 2025

SUBINDO O MONTE DO SENHOR

 

SALMO 24 - Quem é este Rei da Glória?

Estrutura do Salmo - O Salmo 24 se divide claramente em três partes:
  • Deus, o Criador e Soberano do Universo (vv. 1-2)
  • Aquele que é digno de entrar na presença de Deus (vv. 3-6)
  • A Entrada triunfante do Rei da Glória (vv. 7-10)
1. O Deus que é Senhor de toda a Terra (vv. 1-2)

“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.”

John Stott sempre ressaltava que a verdadeira espiritualidade começa com uma visão correta de Deus. O salmista começa declarando que Deus é o Senhor absoluto da criação. Ele não é apenas Deus de Israel, mas Deus de toda a terra, de todos os povos. Essa afirmação confronta o secularismo e o materialismo de qualquer época. No contexto cristão, nos lembra de que Jesus é o Verbo por meio de quem “todas as coisas foram feitas” (João 1:3). Cristo é o Senhor da criação, sustentando todas as coisas pelo poder de sua palavra (Hebreus 1:3).

Aplicação: A nossa vida, nossos bens, nossas decisões e nosso tempo pertencem a Deus. Nada é realmente nosso; somos apenas mordomos da criação do Senhor.

2. Quem Pode Subir ao Monte do Senhor? (vv. 3-6)

“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?”

Aqui surge uma tensão espiritual. O Deus Criador é também o Deus Santo. Para estar em sua presença, são exigidos critérios de pureza:
  • Mãos limpas (ação correta)
  • Coração puro (motivação correta)
  • Não entrega sua alma à falsidade (integridade espiritual)
  • Nem jura dolosamente (verdade nos relacionamentos)
Sob uma leitura cristã, como Stott sempre fazia, esse texto revela tanto um chamado à santidade quanto um diagnóstico da condição humana. Ninguém, por mérito próprio, preenche tais requisitos. Isso aponta diretamente para a necessidade de um mediador.

Aqui entra Cristo: Ele é o único de mãos absolutamente limpas e coração perfeitamente puro. Somente Ele cumpriu toda a lei, e por meio dEle nós temos acesso ao “monte do Senhor” (Hebreus 10:19-22). “Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.” No Evangelho, essa geração são os que, pela fé em Cristo, foram lavados, justificados e santificados (1 Coríntios 6:11).

Aplicação: Este trecho nos chama à busca sincera de Deus, à pureza de coração, mas também nos aponta para a graça, pois é somente por Cristo que podemos entrar na presença do Pai.

3. O Rei da Glória Entra (vv. 7-10)

“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, para que entre o Rei da Glória.” Este é um dos trechos mais majestosos da poesia bíblica. As portas são personificadas como se precisassem se abrir grandemente para receber alguém de glória incomparável. “Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.”

Cristo e a Ascensão:

Na visão cristã, muitos pais da Igreja e teólogos, como John Stott, entendem este trecho como uma antecipação poética da ascensão de Cristo aos céus. Após sua vitória na cruz e na ressurreição, o Senhor Jesus sobe aos céus como o Rei vitorioso, e os portões eternos se abrem para recebê-lo. Este é um momento que ecoa no Novo Testamento, quando Jesus, após completar sua obra redentora, é exaltado à direita de Deus, e recebe “o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2:9-11). A pergunta “Quem é este Rei da Glória?” ecoa em cada geração. E a resposta cristã é clara: Jesus Cristo, o Senhor, é o Rei da Glória.

Síntese Cristocêntrica:
  • O Deus Criador (vv. 1-2) — Lembra-nos que tudo pertence a Deus, e que Cristo é o agente da criação.
  • O Deus Santo (vv. 3-6) — Confronta-nos com nossa impureza, levando-nos à necessidade de Cristo, nosso Salvador e Mediador.
  • O Deus Glorioso (vv. 7-10) — Nos enche de esperança ao saber que Cristo venceu, subiu aos céus e reina. E um dia, voltará como Rei vitorioso.
Aplicações:
  • Adoração: Reverenciemos a Deus como Senhor de toda a criação.
  • Santidade: Busquemos mãos limpas e coração puro, não como caminho de mérito, mas como resposta de gratidão pela obra de Cristo.
  • Missão: Proclamemos ao mundo que Jesus é o Rei da Glória, e que todos são chamados a se submeterem a Ele.
  • Esperança: Vivamos na expectativa do dia em que o Rei da Glória voltará em triunfo.

Graça e paz.


Otoniel Medeiros


Fonte

John Stott - Salmos Favoritos - Editora Ultimato

terça-feira, maio 20, 2025

JESUS O BOM PASTOR

 

SALMO 23 - “Nada me faltará - A Suficiência do Pastor.”

Tema: A suficiência de Deus em todos os momentos da vida


INTRODUÇÃO: UM SALMO QUE TODO CORAÇÃO PRECISA

Você provavelmente já ouviu o Salmo 23. Davi, o autor, escreveu este Salmo como alguém que conhecia vales, perigos, solidão e... o cuidado fiel de Deus. E ele começa com uma frase surpreendente:

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” (v.1)

A expressão “nada me faltará” nem sempre significa ausência de necessidades ou dificuldades materiais. No original, a ideia é: “não terei necessidade de nada essencial”. Davi sabe que Deus, como pastor fiel, leva o rebanho a pastos e águas, suprindo suas necessidades básicas. Em outras palavras, “Se tenho ao Senhor, tenho tudo que preciso” (como observa o comentarista Tim Challies: “Ele é meu, assim tenho tudo que necessito”). John Stott enfatizaria que a verdadeira suficiência em Deus diz respeito às necessidades mais profundas da alma – paz, sentido, salvação – mesmo em meio à carência material ou espiritual. O salmista não promete uma vida sem desafios, mas uma vida em que Deus supre o essencial: “Em Cristo, o cristão tem tudo o que sua alma precisa”. De fato, a Bíblia mostra inúmeros cristãos que passaram privações sem perder a fé (como Paulo, que aprendeu a “viver tendo nada, possuindo tudo”).

Em resumo, no original bíblico, "nada me faltará" no Salmo 23.1, quando o Senhor é o Pastor, significa que:
  • Haverá provisão para as necessidades essenciais da vida.
  • O salmista não será abandonado ou desamparado.
  • A maior garantia é a presença constante e o cuidado fiel de Deus.
  • Existe um senso de suficiência e contentamento na relação com o Divino Pastor.
Destaquemos três verdades que transformam essa frase de um versículo decorado em uma âncora de fé para o nosso coração.

I. “O SENHOR É O MEU PASTOR” – UMA RELAÇÃO PESSOAL

Davi não diz: “O Senhor é O pastor”, mas “o meu pastor”. Isso muda tudo.

Essa é uma relação íntima, não institucional. É como se ele dissesse: “Eu sou apenas uma ovelha, mas Ele me conhece, cuida de mim, me chama pelo nome, e está presente a cada passo.”

Aplicação:
  • Entregamos nossas vidas a esse Pastor?
  • Não estamos falando de religião, mas de relação.
  • Quando Jesus diz: “Eu sou o bom pastor” (João 10:11), Ele está dizendo: “Eu quero ser o seu Pastor também”.
Entregar-se a esse cuidado é o primeiro passo para experimentar a suficiência de Deus.

II. “NADA ME FALTARÁ” – UMA DECLARAÇÃO DE CONFIANÇA, NÃO UMA ILUSÃO

Davi não está dizendo que terá uma vida sem dor, mas que nada do que for essencial faltará.
  • Quando ele precisava de descanso? Deus o levava a pastos verdejantes.
  • Quando sua alma estava abatida? Deus o restaurava.
  • Quando enfrentava morte e escuridão? Deus estava com ele.
  • Quando tinha inimigos? Deus preparava uma mesa.
“Nada me faltará” significa que, se tenho o Pastor, tenho o necessário – mesmo que falte o supérfluo.

Aplicação:
  • Alguém pode estar passando por um tempo de escassez. Mas deve olhar para o que não falta:
  • A presença de Deus está aí.
  • O sustento diário, mesmo que simples, tem chegado.
  • A graça, a misericórdia, o perdão… continuam fluindo.
A promessa de Deus não é que nunca faltará luta – é que nunca faltará Ele com você.

“Com Cristo, alguém pode passar por tudo, porque Ele me sustenta em tudo.”

III. “MESMO NO VALE… TU ESTÁS COMIGO” – A PRESENÇA QUE MUDA TUDO
  • A vida tem vales. Vales da sombra da morte. Vales do desemprego. Vales da depressão.
  • Mas note: Davi não diz que Deus o tira do vale. Ele diz que Deus vai com ele no vale.
Deus não é um Pastor de montanhas apenas. Ele é o Pastor dos vales profundos também.


Aplicação:
  • Não esperemos sair do vale para vermos a fidelidade de Deus.
  • É no meio da dor que podemos experimentar a mão que consola, o cajado que guia, a voz que acalma.

“Ainda que falte muita coisa, se Deus está conosco, nós temos tudo.”

IV. A MESA NO DESERTO E O FIM GLORIOSO

O salmo termina com uma mesa, um cálice transbordante e uma promessa de eternidade:

“Habitarei na casa do Senhor para sempre.”

Mesmo diante de inimigos, Deus prepara uma mesa.
Isso significa que Deus não nos abençoa só quando tudo vai bem – Ele nos honra mesmo diante das lutas.

Aplicação:
  • Esperemos por milagres em lugares improváveis.
  • Esperemos por paz onde deveria haver guerra.
  • E vivamos com os olhos no céu, pois essa jornada termina na casa do Senhor, para sempre.
CONCLUSÃO: O PASTOR QUE NÃO FALHA

O Salmo 23 é a jornada de uma ovelha que aprendeu a confiar:
  • Quando faltou força, teve descanso.
  • Quando faltou direção, teve vereda.
  • Quando veio a escuridão, teve companhia.
  • Quando surgiu oposição, teve banquete.

E no fim, teve a certeza: “O bem e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida.”

Se alguém sente que está em falta, lembre-se: Cristo é a sua suficiência.

Ele é o bom Pastor que deu a vida por nós.
Ele conhece nossos nomes, nossas dores e nossas estradas.

E Ele diz:
“Se andarmos com o Senhor, nada nos faltará. Porque o SENHOR é tudo o que precisamos.”

DECISÃO:

“Senhor, eu reconheço que sou como uma ovelha perdida, carente, às vezes confusa. Mas hoje eu me rendo ao Teu pastoreio. Guia-me, sustenta-me, salva-me. Eu confio que em Ti, nada me faltará. Em nome de Jesus. Amém.”

Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Fontes:

1. JOHN Stott. Salmos Favoritos: Editora Ultimato.

2. 
MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

terça-feira, maio 13, 2025

DEUS NÃO NOS ABANDONA


Texto Base: Salmo 22

INTRODUÇÃO

Imagine-se clamando com todo o seu coração, mas só ouvindo o silêncio. O Salmo 22 começa com uma das palavras mais chocantes da Bíblia:

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (v.1)

Esse salmo, escrito por Davi, expressa dor profunda. Mas ele também aponta profeticamente para alguém maior: Jesus Cristo, o Filho de Deus, pendurado na cruz por mim e por você.

Este salmo nos leva à cruz, mas também nos mostra a esperança depois da cruz. Hoje, vamos caminhar com Davi — e com Jesus — do clamor ao louvor, da dor à vitória.

TEMA

Mesmo quando não o sentimos, Deus está presente. E na cruz, Jesus carregou nosso abandono para que nunca mais fôssemos abandonados.

TRÊS ESTÁGIOS DA FÉ EM TEMPOS DE DOR

1. A DOR QUE PARECE SEM RESPOSTA (v.1–11)


“Por que estás tão longe de me salvar?” (v.1)
  • Davi expressa a dor do silêncio de Deus.
  • Jesus cita essas palavras na cruz (Mateus 27:46), revelando que Ele experimentou o abandono por nós.
  • Há momentos em que oramos e parece que o céu está fechado. Mas a dor de Jesus na cruz garante que Deus nunca nos deixará.
  • Quando Alguém se sente sozinho, lembre-se: Jesus esteve nesse lugar por você.
2. A DOR QUE É EXPOSIÇÃO E HUMILHAÇÃO (v.12–18)

“Traspassaram-me as mãos e os pés... repartem entre si as minhas vestes” (v.16,18)
  • Aqui temos uma descrição vívida da crucificação, escrita mil anos antes de acontecer.
  • As palavras são tão detalhadas que parecem ter sido copiadas dos Evangelhos.
  • Falam da zombaria, da exposição, da violência física, da vergonha pública — tudo que Jesus suportou por amor.
  • Jesus, o Rei do universo, foi despido, perfurado, zombado… Ele não se escondeu da dor. Ele abraçou a cruz para nos alcançar.
  • Podemos estar passando por situações vergonhosas, humilhantes, mas o Senhor Jesus conhece esse caminho. Ele se identifica com a sua dor.
3. A FÉ QUE VENCE E ADORA (v.22–31)

“Anunciarei o teu nome aos meus irmãos...” (v.22)
  • A partir do verso 22, o salmo muda completamente: do choro ao louvor.
  • Ele fala da adoração na congregação, da salvação das nações, da vitória de Deus.
  • Isso aponta para a ressurreição de Jesus, que após a cruz ressuscitou e hoje é adorado por toda a Terra.
  • A dor não é o fim. A cruz foi seguida pela tumba… mas a tumba está vazia!
VERDADES QUE FICAM
  • Jesus foi abandonado por um momento, para que você nunca seja abandonado.
  • Nosso sofrimento pode ter propósito eterno, como foi com Cristo.
  • A cruz termina em glória. Assim também será com os que estão em Cristo.
CONCLUSÃO: UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
  • Se alguém está se sentindo como no verso 1: desamparado, solitário, sem respostas. Mas Deus está escrevendo o resto do seu salmo.
  • Se alguém está na parte da dor, não desista: o louvor vem no final. Jesus provou a dor mais profunda, para nos dar a esperança mais gloriosa.
APLICAÇÃO

Hoje Deus te chama, nos chama para olharmos para a cruz com novos olhos:
  • Se alguém está cansado, lembre-se de que Ele já levou a nossa dor.
  • Se alguém se sente indigno, lembre-se de que Ele foi ferido por amor a todos nós.
  • Se alguém se afastou, lembre-se de que Ele nunca vai nos abandonar, nunca vai se afastar de nós.
  • “Todos os confins da terra se lembrarão do Senhor e se converterão a Ele...” (v.27)

ORAÇÃO

“Senhor, obrigado porque, mesmo quando não sentimos Tua presença, Tu estás perto. Obrigado porque Jesus enfrentou a cruz e o abandono para que hoje eu tenha salvação, vida e esperança. Renova a fé de cada coração aqui, e nos dá a certeza de que o louvor virá após a dor. Em nome de Jesus. Amém.”


Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Refefências bibliográficas

1. Stott, John. 2007. A cruz de Cristo. Viçosa: Editora Ultimato.

2. MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização; 2025.





terça-feira, maio 06, 2025

A AUTORREVELAÇÃO DE DEUS

 


SALMO 19: A AUTORREVELAÇÃO DE DEUS


O Salmo 19 é um dos salmos mais belos e profundos sobre a revelação de Deus. Ele nos mostra que Deus se dá a conhecer de várias maneiras: na criação (revelação geral), na Sua Palavra (revelação especial) e na vida pessoal do crente (revelação pessoal). O Salmo 19 é um dos salmos favoritos de Pr. John Sott. O escritor C. S. Lewis, disse que o Salmo 19 é "o maior poemado Saltério e um dos melhores poemas líricos do mundo".

Divisão do Salmo 19

  • Versos 1–6 → Revelação geral (a criação testemunha sobre Deus)

  • Versos 7–11 → Revelação especial (a Palavra revela a vontade e o caráter de Deus)

  • Versos 12–14 → Revelação pessoal (oração e resposta do crente)

1 - A Revelação Geral — Deus se dá a conhecer na criação (vv. 1–6)

“Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento proclama a obra de suas mãos.” (v.1)

Aqui, Davi contempla os céus, o sol, as estrelas e vê neles uma testemunha silenciosa da grandeza e glória de Deus.

Essa revelação é geral porque alcança todos, em todo lugar, em todo tempo, sem necessidade de palavras humanas.

  • Romanos 1:19-20 confirma: todos podem perceber atributos invisíveis de Deus, como Seu poder e divindade, pela criação.

  • Aplicação prática:

    • Quando olhamos para a natureza, devemos ser levados à adoração, não à idolatria da natureza.

    • A criação nos chama a reconhecer que há um Criador, e a buscar conhecê-Lo mais profundamente.

    • Como cristãos, devemos valorizar e cuidar da criação como mordomos de Deus.

2 - A Revelação Especial — Deus se revela na Palavra (vv. 7–11)

“A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria ao simples.” (v.7)

Aqui, Davi passa da criação à revelação especial: as Escrituras.
Só a Palavra revela quem Deus é em detalhes — Sua santidade, justiça, misericórdia e plano redentor.

  • O salmista usa seis termos: lei, testemunho, preceitos, mandamentos, temor, juízos — todos mostrando facetas da Palavra.

  • Ele destaca seus efeitos: revigora, dá sabedoria, alegra, ilumina, purifica, recompensa.

  • Aplicação prática:

    • Devemos amar a Palavra e meditar nela diariamente, pois ela nos transforma.

    • Precisamos ir além de apenas ouvir ou ler: é necessário obedecer.

    • Para o cristão, a Bíblia é central porque nela vemos Cristo — a revelação plena de Deus (João 1:14; Hebreus 1:1-3).

3 - A Revelação Pessoal — A resposta do crente (vv. 12–14)

“Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço!” (v.12)

Após contemplar a criação e a Palavra, Davi olha para dentro de si. Ele reconhece:

  • Seus pecados ocultos (v.12),

  • Seus pecados conscientes (v.13),

  • Seu desejo de que suas palavras e pensamentos sejam agradáveis a Deus (v.14).


  • Aplicação prática:

    • Não basta saber sobre Deus; precisamos de uma relação pessoal com Ele.

    • A revelação nos leva à confissão, arrependimento e dependência do Redentor (Cristo).

    • Devemos pedir que Deus nos examine (Salmo 139:23-24) e purifique não só nossas ações, mas nossos motivos e pensamentos.

Visão Cristã — Cristo como o centro

Embora Davi não tivesse ainda a plena revelação de Cristo, para nós, como cristãos, sabemos que:

  • A criação foi feita por meio de Cristo (João 1:3).

  • A Palavra aponta para Cristo (Lucas 24:27).

  • A revelação pessoal é possível porque Cristo nos reconciliou com Deus (2 Coríntios 5:18-19).

Por isso, podemos ler este salmo como um convite a ver Jesus como o supremo cumprimento da autorrevelação de Deus.

Aplicações práticas finais

  • Reservemos tempo para contemplar a natureza como um ato de louvor.

  • Coloquemos a Palavra de Deus no centro do nosso dia, buscando nela sabedoria e direção.

  • Oremos pedindo um coração puro, desejando agradar a Deus em palavras, pensamentos e atitudes.

  • Lembremo-nos de que Jesus é a revelação perfeita do Pai, e somente nEle podemos conhecer a Deus plenamente.


Graça e paz.

Otoniel Medeiros



Referências bibliográficas

1. STOTT, John: Salmos favoritos: Inspiração e sabedoria nos Salmos - Viçosa: Ultimato, 2020.

2. MEDEIROS, Otoniel Marcelino de Mederos. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização, 2025.