quarta-feira, julho 02, 2025

VIDA COM PROPÓSITO

 


1. INTRODUÇÃO

Viver com propósito é uma das maiores buscas do ser humano. A cosmovisão cristã afirma que o verdadeiro propósito da vida só pode ser compreendido à luz da revelação de Deus nas Escrituras. Não somos fruto do acaso, mas criados por um Deus pessoal, com intenções eternas. A vida com propósito, portanto, começa com Deus — e não com o eu.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA

A teologia bíblica apresenta que o ser humano foi criado à imagem de Deus (Imago Dei), com um propósito definido: glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre.

  • Criação: Fomos criados para refletir o caráter de Deus (Gênesis 1:26-28).
  • Queda: O pecado distorceu esse propósito (Romanos 3:23).
  • Redenção: Em Cristo, somos restaurados para viver segundo o plano original de Deus (Efésios 2:10).
  • Consumação: Nosso propósito eterno culmina na comunhão plena com Deus (Apocalipse 21:3-4).

3. COSMOVISÃO CRISTÃ

A cosmovisão cristã entende a vida como:

  • Criada por Deus
  • Sustentada por Deus
  • Redimida por Cristo
  • Guiada pelo Espírito Santo
  • Dirigida à Glória de Deus

Viver com propósito, portanto, é viver de maneira alinhada com os valores do Reino de Deus.

4. BASES BÍBLICAS DO PROPÓSITO CRISTÃO

a) Conhecer a Deus

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
João 17:3

b) Glorificar a Deus

“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”
1 Coríntios 10:31

c) Cumprir a missão

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...”
Mateus 28:19

d) Servir com os dons

“Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros...”
1 Pedro 4:10

e) Frutificar espiritualmente

“Eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça...”
João 15:16

5. DIRECIONAMENTO PRÁTICO

1. Buscar intimidade com Deus

  • Cultivar uma vida de oração e leitura bíblica.
  • Viver em santidade e arrependimento diário.

2. Descobrir seus dons e talentos

  • Servir na igreja local e na comunidade.
  • Usar habilidades em prol do Reino.

3. Definir prioridades eternas

  • Substituir o viver egoísta por um viver centrado em Cristo.
  • Avaliar decisões à luz da eternidade.

4. Estabelecer relacionamentos discipuladores

  • Andar com pessoas que incentivem sua fé.
  • Discipular outros.

5. Ser fiel onde Deus o plantou

  • Trabalho, família, ministério — tudo é campo de missão.



6. DESAFIOS PARA UMA VIDA COM PROPÓSITO

Desafio Aplicação
Combater o egocentrismo Negar a si mesmo e seguir a Cristo (Lucas 9:23)
Viver contracultura Ser sal e luz em meio à escuridão (Mateus 5:13-16)
Manter constância espiritual Perseverar na fé mesmo diante de crises (Hebreus 10:35-39)
Lutar contra a distração e superficialidade Priorizar o Reino de Deus (Mateus 6:33)
Esperar o cumprimento eterno do propósito Viver com os olhos na eternidade (Colossenses 3:1-2)


7. CONCLUSÃO

A vida com propósito não é uma jornada de autodescoberta, mas de submissão ao plano divino. Quando o cristão entende que sua existência está entrelaçada ao chamado de Deus, encontra sentido, direção e paz.

“Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.”
Romanos 11:36

8. REFLETINDO

  • “O propósito da vida não é encontrar o sucesso de qualquer forma, mas ser fiel ao chamado de Deus.”
  • “Viver para Deus é viver com propósito eterno.”
  • “Fora de Cristo, a vida é um enigma sem resposta.”

Graça e paz!

Otoniel Medeiros


FONTES:

  1. BÍBLIA.
    Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

  2. GRUDEM, Wayne.
    Teologia Sistemática: uma análise bíblica, histórica e contemporânea. São Paulo: Vida Nova, 2020.

  3. PIPER, John.
    Em busca de Deus: a razão de ser do cristão. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.

  4. WARREN, Rick.
    Uma vida com propósitos: para que estou na Terra? São Paulo: Vida, 2003.

  5. WILKERSON, David.
    O chamado à consagração: a vida com Deus em tempos de apostasia. São Paulo: Bello Publicações, 2021.

  6. STOTT, John.
    A cruz de Cristo. 3. ed. São Paulo: ABU Editora, 2006.

  7. LEWIS, C. S.
    Cristianismo puro e simples. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2006.

  8. SPROUL, R. C.
    Somos todos teólogos: uma introdução à teologia sistemática. São José dos Campos: Fiel, 2020.

  9. MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.


quarta-feira, junho 25, 2025

A AMOR QUE TRANSFORMA

1 João 4:9-19 - “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”

I. O AMOR DE DEUS É A FONTE DE TODA TRANSFORMAÇÃO

Teologia cristã:
Deus é amor (1 João 4:8), e esse amor não é apenas um atributo, mas a essência do seu ser. O amor de Deus é incondicional, sacrificial e transformador, revelado de forma plena na cruz de Cristo.

A teologia cristã nos ensina que o amor de Deus é o início de toda restauração espiritual. O ser humano, morto em delitos e pecados (Ef 2:1), é vivificado pelo amor que o chama, convence, perdoa e regenera.

Exemplo bíblico:
Paulo, que perseguia a Igreja, foi transformado pelo encontro com o amor de Cristo (Atos 9). O mesmo homem que respirava ameaças se tornou apóstolo do amor e da graça.

Aplicação:
O amor de Deus não espera que a pessoa mude para depois amar. Ele ama para transformar. Nenhum coração é endurecido demais que o amor divino não possa alcançar.

II. O AMOR DE DEUS É REVELADO EM JESUS CRISTO

Destaque cristocêntrico:
Jesus é a revelação visível do amor invisível de Deus (Jo 3:16; Rm 5:8). Ele não apenas falou sobre o amor — Ele viveu o amor.

Seu ministério foi marcado por compaixão, graça e restauração: Ele tocou o leproso, acolheu o excluído, perdoou a adúltera, ressuscitou mortos, ensinou com mansidão e morreu por pecadores.

Aplicação prática:
O verdadeiro amor cristão se aprende com Cristo. Amor que apenas sente não transforma. Mas o amor que age, acolhe, perdoa e restaura, é o amor de Cristo em nós (Jo 13:34-35).

III. O AMOR QUE TRANSFORMA OPERA PELA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Fundamento teológico:
O Espírito Santo derrama o amor de Deus em nossos corações (Rm 5:5) e nos conduz a uma vida regenerada. A transformação não é apenas moral ou externa, mas espiritual e profunda.

Fruto visível:
Onde o amor de Deus habita, há:
  • Reconciliação (2 Co 5:18)
  • Misericórdia (Cl 3:12)
  • Perdão (Ef 4:32)
  • Santificação (1 Ts 3:12-13)
Aplicação:
Cristãos são chamados a refletir esse amor transformador no mundo, tornando-se cartas vivas de Cristo (2 Co 3:3).

IV.  ANUNCIANDO O AMOR QUE TRANSFORMA

Deus não espera que você mude para te amar. Ele já te ama. Seu amor é capaz de restaurar o que foi quebrado, limpar o que foi manchado e renovar o que foi perdido.

Convite:
O amor de Deus em Cristo é a maior oferta de redenção que a humanidade já recebeu.

A cruz é o lugar onde o amor divino e a justiça se encontraram. Jesus morreu em nosso lugar. Não há pecado que Ele não possa perdoar, nem vida que Ele não possa transformar.

Receba, recebamos hoje esse amor. Creiamos em Jesus. O amor de Deus não apenas nos aceita como  somos, mas nos transforma para sermos como Jesus é.

Conclusão
“O amor que transforma” não é um ideal abstrato. É uma realidade que brota da eternidade, se manifesta na cruz e habita hoje em todo aquele que crê.

Esse amor nos alcança, nos cura, nos levanta — e nos envia para amar como Cristo amou.

“O amor de Deus não apenas nos encontra onde estamos, mas nos conduz ao lugar onde deveríamos estar — no coração de Cristo.”

Graça e paz!

Otoniel Medeiros



terça-feira, junho 10, 2025

...PROCURANDO O CAMINHO PARA O CÉU?

 

Introdução

Desde os tempos mais remotos, o ser humano tem buscado respostas para questões eternas: “O que acontece depois da morte?”, “Existe vida após esta?”, “Como posso ir para o Céu?”. Essas perguntas ecoam nas mentes e corações de pessoas em todas as culturas e religiões. A Bíblia, que é a revelação de Deus ao homem, oferece não apenas respostas, mas a verdade sobre o caminho para o Céu — não como uma rota geográfica, mas como um relacionamento com Deus por meio de Jesus Cristo.

1. O Anseio do Coração Humano pelo Céu

O desejo pelo Céu é, na verdade, o eco da eternidade que Deus colocou no coração do homem.
  • “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem…” (Eclesiastes 3:11)
Ainda que o pecado tenha obscurecido nossa visão, o anseio por Deus, por justiça e por uma existência plena permanece em nosso íntimo. Mas como encontrar esse caminho? Será que boas obras bastam? Religião? Moralidade? Jesus aponta o caminho de forma direta e definitiva.

2. O Único Caminho: Jesus Cristo

João 14.5-6: "Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim."

Este é um dos textos mais contundentes de toda a Bíblia. Jesus não diz que mostra o caminho, ou que ensina o caminho. Ele afirma ser o próprio caminho. Isso exclui qualquer outra rota que o homem tente construir até Deus por méritos próprios.

Jesus é o caminho (para a reconciliação), a verdade (que liberta do erro) e a vida (eterna e plena). Nenhuma religião, filosofia ou moralismo pode levar ao Pai. Só Jesus.

3. O Amor de Deus que Abre o Caminho

João 3.16: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

O Céu é uma dádiva do amor divino. A motivação para nos dar acesso ao Céu não está em nós, mas no amor de Deus. O Senhor sabia que, por nossos próprios méritos, jamais conseguiríamos alcançar o céu. Por isso, Ele mesmo abriu o caminho, enviando Seu Filho para morrer em nosso lugar.

Esse versículo mostra três verdades essenciais:
  • Deus ama o mundo (todos nós);
  • Deus deu seu Filho por nós (sacrifício);
  • A vida eterna é recebida pela fé em Jesus.
4. O Problema do Pecado: O Obstáculo no Caminho

Romanos 6.20-23: “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. [...] Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Todo ser humano nasce em pecado e vive sob seu domínio até ser liberto por Cristo. O pecado é o grande obstáculo entre o homem e o Céu. Ele merece punição, e essa punição é a morte eterna — separação de Deus.

Mas há uma oferta de graça: vida eterna em Cristo Jesus. O Céu não é merecido. É presente, é dom gratuito.

5. O Caminho é Trilhado Pela Fé e Confissão

Romanos 10.9-13: “Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. [...] Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

A salvação — o acesso ao Céu — não vem por esforço, mas por fé. Aqui, o apóstolo Paulo esclarece que:
  • Crer com o coração na ressurreição de Cristo;
  • Confessar com a boca que Jesus é Senhor;
Essa é a condição para ser salvo. Isso não se trata de um ritual, mas de uma rendição verdadeira da alma a Cristo. A salvação é pessoal, intransferível, e depende unicamente da fé no Salvador.

6. A Salvação Não Vem pelas Obras, Mas Pela Graça

Efésios 2.8-9: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”

Paulo deixa claro que não há mérito humano na salvação. Ela é fruto da graça (favor imerecido) e recebida pela fé. Não há obras, religião, boas intenções ou caridade que possam conquistar um lugar no Céu.

Isso humilha o orgulho humano, mas exalta a graça divina. O caminho para o Céu é uma pessoa: Jesus, e a porta de entrada é a fé nEle.

7. O Céu: Um Destino Real para o Crente

Quando Jesus fala de Céu, Ele fala de um lugar real, preparado para aqueles que creem nEle.
  • “Na casa de meu Pai há muitas moradas [...] vou preparar-vos lugar” (João 14.2)
O Céu não é apenas um conceito abstrato, mas uma realidade gloriosa onde os salvos estarão para sempre com o Senhor (Apocalipse 21.1-7). Lá não haverá mais dor, lágrimas ou morte. A vida eterna não é apenas “vida sem fim”, mas vida em plenitude e comunhão com Deus.

8. A Decisão Urgente e Pessoal

A pergunta "Como chegar ao Céu?" deve ser acompanhada de uma outra: "Já entreguei minha vida a Jesus?". A salvação é oferecida a todos, mas deve ser pessoalmente recebida.
  • “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13)
Conclusão: O Caminho Está Aberto — E o Nome Dele é Jesus

Não há mais necessidade de viver na dúvida, na angústia, ou na busca incerta. Jesus é o Caminho. Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19.10). A salvação está ao alcance de qualquer um que crê.

Quem está procurando o caminho para o Céu?
  • Ele tem nome: JESUS.
  • Ele tem direção: FÉ.
  • Ele tem um preço: o sangue derramado na cruz.
  • Ele tem um convite: Vinde a mim!
Apelo Final

Quem ainda não entregou sua vida a Cristo, faça isso agora. O Céu não é um destino acidental. Ele é para aqueles que receberam, pela fé, a salvação oferecida gratuitamente por Deus.
  • “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” (1 João 5.12)
Graça e paz!

Otoniel Medeiros

terça-feira, junho 03, 2025

ESPERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS

 

“Pois para Deus nada é impossível.” (Lucas 1.37)

INTRODUÇÃO

As virtudes teologais são três virtudes fundamentais na teologia cristã que são consideradas essenciais para a vida cristã. Elas são: 1. Fé (Certeza e prova, Hb 11.1): A fé é a virtude que nos permite confiar em Deus e em Sua palavra. É a base da relação entre Deus e o ser humano. 2. Esperança: A esperança é a virtude que nos permite confiar na bondade e na providência de Deus, mesmo em meio às dificuldades e incertezas da vida. 3. Caridade (ou Amor): A caridade é a virtude que nos permite amar a Deus e ao próximo. É a expressão prática da fé e da esperança.

Essas virtudes são consideradas "teologais" porque são diretamente relacionadas a Deus e à nossa relação com Ele. Elas são fundamentais para a vida cristã e são frequentemente vistas como as três virtudes principais que guiam a vida do cristão.


A ESPERANÇA BÍBLICA


Base Bíblica Principal:

  • Romanos 15.13 – “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.”

  • Lamentações 3.21-23 – “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade.”

  • Salmo 42.5 – “Por que estás abatida, ó minha alma? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a Ele, meu auxílio e Deus meu.”


Destaques Teológicos:

1. Deus é a fonte inesgotável da esperança.

  • A esperança cristã não está nas circunstâncias, mas no caráter imutável de Deus. (Romanos 15.13)

2. A esperança se renova na fidelidade de Deus.

  • Mesmo quando tudo parece ruir, as misericórdias do Senhor são renovadas a cada manhã. (Lamentações 3.21-23)

3. A esperança cristã olha para o invisível, não para o visível.

  • “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.” (2 Coríntios 5.7)

4. A esperança produz perseverança e caráter.

  • “A tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança.” (Romanos 5.3-5)


Motivação:

  • “Deus não nos abandona no meio da tempestade; Ele nos sustenta até que ela passe.”

  • “A esperança em Cristo não é a ausência da luta, mas a certeza da vitória.

  • “Em Deus, nunca perdemos a esperança, porque serve ao Deus que faz do impossível, possível.”

  • “Quando faltar tudo, ainda restará Deus, e Nele está toda a nossa esperança.”

  • “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31)

  • “Nada poderá nos separar do amor de Deus.” (Romanos 8:38-39)


Aplicação:

1. Fortalecemos nossa fé na Palavra:

  • Leiamos, meditemos e declaremos as promessas de Deus diariamente.

2. Oremos com confiança:

  • A oração nos conecta à fonte da esperança. Lancemos sobre Deus toda ansiedade. (1 Pedro 5.7)

3. Cultivemos a gratidão:

  • A gratidão abre espaço para enxergarmos os milagres que já estão acontecendo. (1 Tessalonicenses 5.18)

4. Cerquemo-nos de quem fortalece a nossa fé:

  • Andemos com pessoas que oram, aconselham e edificam nossa vida. (Hebreus 10.24-25)

5. Olhemos além das circunstâncias:

  • Lembremos-nos: as lutas são temporárias, mas a fidelidade de Deus é eterna. (2 Coríntios 4.17-18)


CONCLUSÃO:

  • A esperança não é um sentimento passageiro, mas uma certeza inabalável de que Deus já está no controle do amanhã, mesmo quando o hoje pareça incerto.

  • A esperança bíblica tem o corpo no tempo e o espírito na eternidade.

  • O mesmo Deus que nos sustentou até aqui é o Deus que nos levará além. Não desistemos, não paremos, não desanimemos. Nossa eesperança tem nome, e o nome é JESUS.


03 de junho de 2025


Graça e paz,


Otoniel Medeiros





Referências bibliográficas


1. BRIDGES, Jerry. Confiando em Deus, mesmo quando a vida dói. 3. ed. São Paulo: Vida Nova, 2016.

2. KELLER, Timothy. Andando com Deus em meio à dor e ao sofrimento. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 2016.

3. LUCADO, Max. Você vai sair dessa: esperança e ajuda em tempos difíceis. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2013.

4. LUCADO, Max. Ansiedade não é para você: viva livre do medo, da preocupação e da ansiedade. 1. ed. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2017.

5. SPROUL, R. C. O Deus que está presente: esperança e coragem na dor, sofrimento e perda. 1. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2015.

6. MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

terça-feira, maio 27, 2025

SUBINDO O MONTE DO SENHOR

 

SALMO 24 - Quem é este Rei da Glória?

Estrutura do Salmo - O Salmo 24 se divide claramente em três partes:
  • Deus, o Criador e Soberano do Universo (vv. 1-2)
  • Aquele que é digno de entrar na presença de Deus (vv. 3-6)
  • A Entrada triunfante do Rei da Glória (vv. 7-10)
1. O Deus que é Senhor de toda a Terra (vv. 1-2)

“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.”

John Stott sempre ressaltava que a verdadeira espiritualidade começa com uma visão correta de Deus. O salmista começa declarando que Deus é o Senhor absoluto da criação. Ele não é apenas Deus de Israel, mas Deus de toda a terra, de todos os povos. Essa afirmação confronta o secularismo e o materialismo de qualquer época. No contexto cristão, nos lembra de que Jesus é o Verbo por meio de quem “todas as coisas foram feitas” (João 1:3). Cristo é o Senhor da criação, sustentando todas as coisas pelo poder de sua palavra (Hebreus 1:3).

Aplicação: A nossa vida, nossos bens, nossas decisões e nosso tempo pertencem a Deus. Nada é realmente nosso; somos apenas mordomos da criação do Senhor.

2. Quem Pode Subir ao Monte do Senhor? (vv. 3-6)

“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?”

Aqui surge uma tensão espiritual. O Deus Criador é também o Deus Santo. Para estar em sua presença, são exigidos critérios de pureza:
  • Mãos limpas (ação correta)
  • Coração puro (motivação correta)
  • Não entrega sua alma à falsidade (integridade espiritual)
  • Nem jura dolosamente (verdade nos relacionamentos)
Sob uma leitura cristã, como Stott sempre fazia, esse texto revela tanto um chamado à santidade quanto um diagnóstico da condição humana. Ninguém, por mérito próprio, preenche tais requisitos. Isso aponta diretamente para a necessidade de um mediador.

Aqui entra Cristo: Ele é o único de mãos absolutamente limpas e coração perfeitamente puro. Somente Ele cumpriu toda a lei, e por meio dEle nós temos acesso ao “monte do Senhor” (Hebreus 10:19-22). “Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.” No Evangelho, essa geração são os que, pela fé em Cristo, foram lavados, justificados e santificados (1 Coríntios 6:11).

Aplicação: Este trecho nos chama à busca sincera de Deus, à pureza de coração, mas também nos aponta para a graça, pois é somente por Cristo que podemos entrar na presença do Pai.

3. O Rei da Glória Entra (vv. 7-10)

“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, para que entre o Rei da Glória.” Este é um dos trechos mais majestosos da poesia bíblica. As portas são personificadas como se precisassem se abrir grandemente para receber alguém de glória incomparável. “Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha.”

Cristo e a Ascensão:

Na visão cristã, muitos pais da Igreja e teólogos, como John Stott, entendem este trecho como uma antecipação poética da ascensão de Cristo aos céus. Após sua vitória na cruz e na ressurreição, o Senhor Jesus sobe aos céus como o Rei vitorioso, e os portões eternos se abrem para recebê-lo. Este é um momento que ecoa no Novo Testamento, quando Jesus, após completar sua obra redentora, é exaltado à direita de Deus, e recebe “o nome que está acima de todo nome” (Filipenses 2:9-11). A pergunta “Quem é este Rei da Glória?” ecoa em cada geração. E a resposta cristã é clara: Jesus Cristo, o Senhor, é o Rei da Glória.

Síntese Cristocêntrica:
  • O Deus Criador (vv. 1-2) — Lembra-nos que tudo pertence a Deus, e que Cristo é o agente da criação.
  • O Deus Santo (vv. 3-6) — Confronta-nos com nossa impureza, levando-nos à necessidade de Cristo, nosso Salvador e Mediador.
  • O Deus Glorioso (vv. 7-10) — Nos enche de esperança ao saber que Cristo venceu, subiu aos céus e reina. E um dia, voltará como Rei vitorioso.
Aplicações:
  • Adoração: Reverenciemos a Deus como Senhor de toda a criação.
  • Santidade: Busquemos mãos limpas e coração puro, não como caminho de mérito, mas como resposta de gratidão pela obra de Cristo.
  • Missão: Proclamemos ao mundo que Jesus é o Rei da Glória, e que todos são chamados a se submeterem a Ele.
  • Esperança: Vivamos na expectativa do dia em que o Rei da Glória voltará em triunfo.

Graça e paz.


Otoniel Medeiros


Fonte

John Stott - Salmos Favoritos - Editora Ultimato

terça-feira, maio 20, 2025

JESUS O BOM PASTOR

 

SALMO 23 - “Nada me faltará - A Suficiência do Pastor.”

Tema: A suficiência de Deus em todos os momentos da vida


INTRODUÇÃO: UM SALMO QUE TODO CORAÇÃO PRECISA

Você provavelmente já ouviu o Salmo 23. Davi, o autor, escreveu este Salmo como alguém que conhecia vales, perigos, solidão e... o cuidado fiel de Deus. E ele começa com uma frase surpreendente:

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” (v.1)

A expressão “nada me faltará” nem sempre significa ausência de necessidades ou dificuldades materiais. No original, a ideia é: “não terei necessidade de nada essencial”. Davi sabe que Deus, como pastor fiel, leva o rebanho a pastos e águas, suprindo suas necessidades básicas. Em outras palavras, “Se tenho ao Senhor, tenho tudo que preciso” (como observa o comentarista Tim Challies: “Ele é meu, assim tenho tudo que necessito”). John Stott enfatizaria que a verdadeira suficiência em Deus diz respeito às necessidades mais profundas da alma – paz, sentido, salvação – mesmo em meio à carência material ou espiritual. O salmista não promete uma vida sem desafios, mas uma vida em que Deus supre o essencial: “Em Cristo, o cristão tem tudo o que sua alma precisa”. De fato, a Bíblia mostra inúmeros cristãos que passaram privações sem perder a fé (como Paulo, que aprendeu a “viver tendo nada, possuindo tudo”).

Em resumo, no original bíblico, "nada me faltará" no Salmo 23.1, quando o Senhor é o Pastor, significa que:
  • Haverá provisão para as necessidades essenciais da vida.
  • O salmista não será abandonado ou desamparado.
  • A maior garantia é a presença constante e o cuidado fiel de Deus.
  • Existe um senso de suficiência e contentamento na relação com o Divino Pastor.
Destaquemos três verdades que transformam essa frase de um versículo decorado em uma âncora de fé para o nosso coração.

I. “O SENHOR É O MEU PASTOR” – UMA RELAÇÃO PESSOAL

Davi não diz: “O Senhor é O pastor”, mas “o meu pastor”. Isso muda tudo.

Essa é uma relação íntima, não institucional. É como se ele dissesse: “Eu sou apenas uma ovelha, mas Ele me conhece, cuida de mim, me chama pelo nome, e está presente a cada passo.”

Aplicação:
  • Entregamos nossas vidas a esse Pastor?
  • Não estamos falando de religião, mas de relação.
  • Quando Jesus diz: “Eu sou o bom pastor” (João 10:11), Ele está dizendo: “Eu quero ser o seu Pastor também”.
Entregar-se a esse cuidado é o primeiro passo para experimentar a suficiência de Deus.

II. “NADA ME FALTARÁ” – UMA DECLARAÇÃO DE CONFIANÇA, NÃO UMA ILUSÃO

Davi não está dizendo que terá uma vida sem dor, mas que nada do que for essencial faltará.
  • Quando ele precisava de descanso? Deus o levava a pastos verdejantes.
  • Quando sua alma estava abatida? Deus o restaurava.
  • Quando enfrentava morte e escuridão? Deus estava com ele.
  • Quando tinha inimigos? Deus preparava uma mesa.
“Nada me faltará” significa que, se tenho o Pastor, tenho o necessário – mesmo que falte o supérfluo.

Aplicação:
  • Alguém pode estar passando por um tempo de escassez. Mas deve olhar para o que não falta:
  • A presença de Deus está aí.
  • O sustento diário, mesmo que simples, tem chegado.
  • A graça, a misericórdia, o perdão… continuam fluindo.
A promessa de Deus não é que nunca faltará luta – é que nunca faltará Ele com você.

“Com Cristo, alguém pode passar por tudo, porque Ele me sustenta em tudo.”

III. “MESMO NO VALE… TU ESTÁS COMIGO” – A PRESENÇA QUE MUDA TUDO
  • A vida tem vales. Vales da sombra da morte. Vales do desemprego. Vales da depressão.
  • Mas note: Davi não diz que Deus o tira do vale. Ele diz que Deus vai com ele no vale.
Deus não é um Pastor de montanhas apenas. Ele é o Pastor dos vales profundos também.


Aplicação:
  • Não esperemos sair do vale para vermos a fidelidade de Deus.
  • É no meio da dor que podemos experimentar a mão que consola, o cajado que guia, a voz que acalma.

“Ainda que falte muita coisa, se Deus está conosco, nós temos tudo.”

IV. A MESA NO DESERTO E O FIM GLORIOSO

O salmo termina com uma mesa, um cálice transbordante e uma promessa de eternidade:

“Habitarei na casa do Senhor para sempre.”

Mesmo diante de inimigos, Deus prepara uma mesa.
Isso significa que Deus não nos abençoa só quando tudo vai bem – Ele nos honra mesmo diante das lutas.

Aplicação:
  • Esperemos por milagres em lugares improváveis.
  • Esperemos por paz onde deveria haver guerra.
  • E vivamos com os olhos no céu, pois essa jornada termina na casa do Senhor, para sempre.
CONCLUSÃO: O PASTOR QUE NÃO FALHA

O Salmo 23 é a jornada de uma ovelha que aprendeu a confiar:
  • Quando faltou força, teve descanso.
  • Quando faltou direção, teve vereda.
  • Quando veio a escuridão, teve companhia.
  • Quando surgiu oposição, teve banquete.

E no fim, teve a certeza: “O bem e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida.”

Se alguém sente que está em falta, lembre-se: Cristo é a sua suficiência.

Ele é o bom Pastor que deu a vida por nós.
Ele conhece nossos nomes, nossas dores e nossas estradas.

E Ele diz:
“Se andarmos com o Senhor, nada nos faltará. Porque o SENHOR é tudo o que precisamos.”

DECISÃO:

“Senhor, eu reconheço que sou como uma ovelha perdida, carente, às vezes confusa. Mas hoje eu me rendo ao Teu pastoreio. Guia-me, sustenta-me, salva-me. Eu confio que em Ti, nada me faltará. Em nome de Jesus. Amém.”

Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Fontes:

1. JOHN Stott. Salmos Favoritos: Editora Ultimato.

2. 
MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

terça-feira, maio 13, 2025

DEUS NÃO NOS ABANDONA


Texto Base: Salmo 22

INTRODUÇÃO

Imagine-se clamando com todo o seu coração, mas só ouvindo o silêncio. O Salmo 22 começa com uma das palavras mais chocantes da Bíblia:

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (v.1)

Esse salmo, escrito por Davi, expressa dor profunda. Mas ele também aponta profeticamente para alguém maior: Jesus Cristo, o Filho de Deus, pendurado na cruz por mim e por você.

Este salmo nos leva à cruz, mas também nos mostra a esperança depois da cruz. Hoje, vamos caminhar com Davi — e com Jesus — do clamor ao louvor, da dor à vitória.

TEMA

Mesmo quando não o sentimos, Deus está presente. E na cruz, Jesus carregou nosso abandono para que nunca mais fôssemos abandonados.

TRÊS ESTÁGIOS DA FÉ EM TEMPOS DE DOR

1. A DOR QUE PARECE SEM RESPOSTA (v.1–11)


“Por que estás tão longe de me salvar?” (v.1)
  • Davi expressa a dor do silêncio de Deus.
  • Jesus cita essas palavras na cruz (Mateus 27:46), revelando que Ele experimentou o abandono por nós.
  • Há momentos em que oramos e parece que o céu está fechado. Mas a dor de Jesus na cruz garante que Deus nunca nos deixará.
  • Quando Alguém se sente sozinho, lembre-se: Jesus esteve nesse lugar por você.
2. A DOR QUE É EXPOSIÇÃO E HUMILHAÇÃO (v.12–18)

“Traspassaram-me as mãos e os pés... repartem entre si as minhas vestes” (v.16,18)
  • Aqui temos uma descrição vívida da crucificação, escrita mil anos antes de acontecer.
  • As palavras são tão detalhadas que parecem ter sido copiadas dos Evangelhos.
  • Falam da zombaria, da exposição, da violência física, da vergonha pública — tudo que Jesus suportou por amor.
  • Jesus, o Rei do universo, foi despido, perfurado, zombado… Ele não se escondeu da dor. Ele abraçou a cruz para nos alcançar.
  • Podemos estar passando por situações vergonhosas, humilhantes, mas o Senhor Jesus conhece esse caminho. Ele se identifica com a sua dor.
3. A FÉ QUE VENCE E ADORA (v.22–31)

“Anunciarei o teu nome aos meus irmãos...” (v.22)
  • A partir do verso 22, o salmo muda completamente: do choro ao louvor.
  • Ele fala da adoração na congregação, da salvação das nações, da vitória de Deus.
  • Isso aponta para a ressurreição de Jesus, que após a cruz ressuscitou e hoje é adorado por toda a Terra.
  • A dor não é o fim. A cruz foi seguida pela tumba… mas a tumba está vazia!
VERDADES QUE FICAM
  • Jesus foi abandonado por um momento, para que você nunca seja abandonado.
  • Nosso sofrimento pode ter propósito eterno, como foi com Cristo.
  • A cruz termina em glória. Assim também será com os que estão em Cristo.
CONCLUSÃO: UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
  • Se alguém está se sentindo como no verso 1: desamparado, solitário, sem respostas. Mas Deus está escrevendo o resto do seu salmo.
  • Se alguém está na parte da dor, não desista: o louvor vem no final. Jesus provou a dor mais profunda, para nos dar a esperança mais gloriosa.
APLICAÇÃO

Hoje Deus te chama, nos chama para olharmos para a cruz com novos olhos:
  • Se alguém está cansado, lembre-se de que Ele já levou a nossa dor.
  • Se alguém se sente indigno, lembre-se de que Ele foi ferido por amor a todos nós.
  • Se alguém se afastou, lembre-se de que Ele nunca vai nos abandonar, nunca vai se afastar de nós.
  • “Todos os confins da terra se lembrarão do Senhor e se converterão a Ele...” (v.27)

ORAÇÃO

“Senhor, obrigado porque, mesmo quando não sentimos Tua presença, Tu estás perto. Obrigado porque Jesus enfrentou a cruz e o abandono para que hoje eu tenha salvação, vida e esperança. Renova a fé de cada coração aqui, e nos dá a certeza de que o louvor virá após a dor. Em nome de Jesus. Amém.”


Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Refefências bibliográficas

1. Stott, John. 2007. A cruz de Cristo. Viçosa: Editora Ultimato.

2. MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização; 2025.