quarta-feira, julho 27, 2011

JESUS É DEUS?

(Lucas 23.39-43)

                A conversa (conversa?) do Calvário ecoa no tempo: a opção da rejeição, de um dos malfeitores, a da aceitação do outro  e a mensagem de amor – Jesus, nos fala muito forte.

Lucas 23: 39  E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. 40  Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? 41  E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. 42  E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. 43  E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.

                Um dos assaltantes, da aceitação, disse “Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?” Ele cria que Jesus é Deus, o Senhor não o corrigiu. Ele entendeu o sentido do perdão, da redenção em Jesus e vida depois da vida. Foi perdoado.

                Parece que hoje é mais cômodo crer depois de tanta caminhada da humanidade na linha do tempo. Temos a Bíblia de forma cômoda, para isto muitos deram a sua vida. O Senhor Jesus ressuscitou, foi recebido acima na glória,  o Espírito Santo presente na vida da Igreja como uma confirmação da obra redentora de Jesus. Lucas 12.48b: “E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”

Agora crer em Jesus para a vida eterna estando nivelado, na dimensão humana, na cruz com Deus, por razões opostas, é muito mais difícil. O malfeitor da aceitação derrubou qualquer argumento para não crer no Senhor, para não crer em Deus.

                Este exemplo de crer não deixa nenhuma margem de folga para não crer em Jesus como o Deus manifestado em carne. I Timóteo 3.16: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.”

Muitos “teólogos” precisam aprender com o ex-malfeitor da cruz, o da aceitação. Resta-nos orar e agir para que outras pessoas venham conhecer o Evangelho e crer no Senhor Jesus e, crendo, tenham vida eterna no seu nome (João 20.31).

Sim, Jesus é Deus.

A graça seja com todos nós. Nosso abraço.

Otoniel M. de Medeiros

quinta-feira, julho 14, 2011

PROFECIA HOJE?

Otoniel M. de Medeiros

A profecia na prática da Igreja vejo como um cumprimento profético de Joel 2.28-29, sobre as promessas e efusão do Espírito: “28  E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. 29  E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.”

Esta profecia cumpre-se em:

a)      Atos 2.1-4: “1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2  E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3  E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4  E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”

b)      Atos 2.17-18:  “17  E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; 18  E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;”

PROFETAS NA IGREJA

                O profeta, agora na dimensão do dom, sempre esteve presente na atividade da Igreja, exemplos:

a)      Atos 13.1:   “E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.”

b)      Atos 15.32: “Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.”

c)     Atos 21.8-9:  “8  E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. 9  E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.”

EXEMPLOS CLAROS DE PROFECIAS NA IGREJA

                Observemos a clareza, precisão e cumprimento destas profecias:

a)  Atos 11.27-28: “27  E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. 28  E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.”

CUMPRIMENTO PROFÉTICO - Atos 11.29-30: “29  E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. 30  O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.”

b)      Atos 21.10-11: “10  E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; 11  E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.”

CUMPRIMENTO PROFÉTICO - Atos 21.33:  “Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito.”

CONCLUSÃO

                      A nossa responsabilidade cristã é grande em mantermos uma prática coerente com a Bíblia, tendo consciência de que o tempo não é agente limitador dos valores cristãos. E que não banalizemos esses valores.



A graça do Senhor Jesus Cristo seja com todos nós.

Otoniel M. de Medeiros

segunda-feira, julho 04, 2011

JESUS E O JEJUM

Ao juntar os textos seguintes sobre o jejum encontrei dificuldade de estabelecer uma relação de equilíbrio entre eles. 

1) Mt 6.17 – Jesus orienta o jejum: “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,”

2) Mt 9.14-15 – Os discípulos de Jesus não jejuam: “14 Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? 15 E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.”

3) Mt 17.21 – Jesus destaca a necessidade do jejum em casos especiais: “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.” 
 

Fiz consultas a alguns irmãos, fiquei mais satisfeito com a abordagem do pastor Zwinglio de Andrade Costa: 
 

“Otoniel,
 

No primeiro caso acho que Jesus está ensinando que o jejum, assim como a oração, não pode ser usado por vaidade pessoal (mostrar aos outros que somos espirituais). É só isto que Jesus está dizendo. Jejum como expressão da vaidade religiosa.
 

No segundo caso acho que ele refere-se ao jejum como expressão de tristeza. Nesse caso os discípulos não jejum porque não estão tristes, o seu mestre está presente. Dias virão em que jejuarão, quando houver motivos para tristeza. 
 

No terceiro caso entendo que Jesus está ensinando que, a semelhança da oração, há situações em que precisamos claramente reconhecer a nossa limitação e CLAMAR a Deus em nosso favor. Entretanto, entendo que devemos vigiar para que o jejum, como também a oração ou o dízimo, não seja usado como um suborno a Deus. O Deus que subornamos como práticas religiosas não é Deus. O jejum é uma súplica, é uma oração.
 

Zwinglio.”
 
Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém (I Coríntios 16.27).
 

Nosso abraço,
 
Otoniel M. de Medeiros