terça-feira, maio 13, 2025

DEUS NÃO NOS ABANDONA


Texto Base: Salmo 22

INTRODUÇÃO

Imagine-se clamando com todo o seu coração, mas só ouvindo o silêncio. O Salmo 22 começa com uma das palavras mais chocantes da Bíblia:

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (v.1)

Esse salmo, escrito por Davi, expressa dor profunda. Mas ele também aponta profeticamente para alguém maior: Jesus Cristo, o Filho de Deus, pendurado na cruz por mim e por você.

Este salmo nos leva à cruz, mas também nos mostra a esperança depois da cruz. Hoje, vamos caminhar com Davi — e com Jesus — do clamor ao louvor, da dor à vitória.

TEMA

Mesmo quando não o sentimos, Deus está presente. E na cruz, Jesus carregou nosso abandono para que nunca mais fôssemos abandonados.

TRÊS ESTÁGIOS DA FÉ EM TEMPOS DE DOR

1. A DOR QUE PARECE SEM RESPOSTA (v.1–11)


“Por que estás tão longe de me salvar?” (v.1)
  • Davi expressa a dor do silêncio de Deus.
  • Jesus cita essas palavras na cruz (Mateus 27:46), revelando que Ele experimentou o abandono por nós.
  • Há momentos em que oramos e parece que o céu está fechado. Mas a dor de Jesus na cruz garante que Deus nunca nos deixará.
  • Quando Alguém se sente sozinho, lembre-se: Jesus esteve nesse lugar por você.
2. A DOR QUE É EXPOSIÇÃO E HUMILHAÇÃO (v.12–18)

“Traspassaram-me as mãos e os pés... repartem entre si as minhas vestes” (v.16,18)
  • Aqui temos uma descrição vívida da crucificação, escrita mil anos antes de acontecer.
  • As palavras são tão detalhadas que parecem ter sido copiadas dos Evangelhos.
  • Falam da zombaria, da exposição, da violência física, da vergonha pública — tudo que Jesus suportou por amor.
  • Jesus, o Rei do universo, foi despido, perfurado, zombado… Ele não se escondeu da dor. Ele abraçou a cruz para nos alcançar.
  • Podemos estar passando por situações vergonhosas, humilhantes, mas o Senhor Jesus conhece esse caminho. Ele se identifica com a sua dor.
3. A FÉ QUE VENCE E ADORA (v.22–31)

“Anunciarei o teu nome aos meus irmãos...” (v.22)
  • A partir do verso 22, o salmo muda completamente: do choro ao louvor.
  • Ele fala da adoração na congregação, da salvação das nações, da vitória de Deus.
  • Isso aponta para a ressurreição de Jesus, que após a cruz ressuscitou e hoje é adorado por toda a Terra.
  • A dor não é o fim. A cruz foi seguida pela tumba… mas a tumba está vazia!
VERDADES QUE FICAM
  • Jesus foi abandonado por um momento, para que você nunca seja abandonado.
  • Nosso sofrimento pode ter propósito eterno, como foi com Cristo.
  • A cruz termina em glória. Assim também será com os que estão em Cristo.
CONCLUSÃO: UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
  • Se alguém está se sentindo como no verso 1: desamparado, solitário, sem respostas. Mas Deus está escrevendo o resto do seu salmo.
  • Se alguém está na parte da dor, não desista: o louvor vem no final. Jesus provou a dor mais profunda, para nos dar a esperança mais gloriosa.
APLICAÇÃO

Hoje Deus te chama, nos chama para olharmos para a cruz com novos olhos:
  • Se alguém está cansado, lembre-se de que Ele já levou a nossa dor.
  • Se alguém se sente indigno, lembre-se de que Ele foi ferido por amor a todos nós.
  • Se alguém se afastou, lembre-se de que Ele nunca vai nos abandonar, nunca vai se afastar de nós.
  • “Todos os confins da terra se lembrarão do Senhor e se converterão a Ele...” (v.27)

ORAÇÃO

“Senhor, obrigado porque, mesmo quando não sentimos Tua presença, Tu estás perto. Obrigado porque Jesus enfrentou a cruz e o abandono para que hoje eu tenha salvação, vida e esperança. Renova a fé de cada coração aqui, e nos dá a certeza de que o louvor virá após a dor. Em nome de Jesus. Amém.”


Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Bibliografia

  • Stott, John. 2007. A cruz de Cristo. Viçosa: Editora Ultimato.
  • ChatGPT





terça-feira, maio 06, 2025

A AUTORREVELAÇÃO DE DEUS

 


SALMO 19: A AUTORREVELAÇÃO DE DEUS


O Salmo 19 é um dos salmos mais belos e profundos sobre a revelação de Deus. Ele nos mostra que Deus se dá a conhecer de várias maneiras: na criação (revelação geral), na Sua Palavra (revelação especial) e na vida pessoal do crente (revelação pessoal). O Salmo 19 é um dos salmos favoritos de Pr. John Sott. O escritor C. S. Lewis, disse que o Salmo 19 é "o maior poemado Saltério e um dos melhores poemas líricos do mundo".

Divisão do Salmo 19

  • Versos 1–6 → Revelação geral (a criação testemunha sobre Deus)

  • Versos 7–11 → Revelação especial (a Palavra revela a vontade e o caráter de Deus)

  • Versos 12–14 → Revelação pessoal (oração e resposta do crente)

1 - A Revelação Geral — Deus se dá a conhecer na criação (vv. 1–6)

“Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento proclama a obra de suas mãos.” (v.1)

Aqui, Davi contempla os céus, o sol, as estrelas e vê neles uma testemunha silenciosa da grandeza e glória de Deus.

Essa revelação é geral porque alcança todos, em todo lugar, em todo tempo, sem necessidade de palavras humanas.

  • Romanos 1:19-20 confirma: todos podem perceber atributos invisíveis de Deus, como Seu poder e divindade, pela criação.

  • Aplicação prática:

    • Quando olhamos para a natureza, devemos ser levados à adoração, não à idolatria da natureza.

    • A criação nos chama a reconhecer que há um Criador, e a buscar conhecê-Lo mais profundamente.

    • Como cristãos, devemos valorizar e cuidar da criação como mordomos de Deus.

2 - A Revelação Especial — Deus se revela na Palavra (vv. 7–11)

“A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria ao simples.” (v.7)

Aqui, Davi passa da criação à revelação especial: as Escrituras.
Só a Palavra revela quem Deus é em detalhes — Sua santidade, justiça, misericórdia e plano redentor.

  • O salmista usa seis termos: lei, testemunho, preceitos, mandamentos, temor, juízos — todos mostrando facetas da Palavra.

  • Ele destaca seus efeitos: revigora, dá sabedoria, alegra, ilumina, purifica, recompensa.
    Aplicação prática:

    • Devemos amar a Palavra e meditar nela diariamente, pois ela nos transforma.

    • Precisamos ir além de apenas ouvir ou ler: é necessário obedecer.

    • Para o cristão, a Bíblia é central porque nela vemos Cristo — a revelação plena de Deus (João 1:14; Hebreus 1:1-3).

3 - A Revelação Pessoal — A resposta do crente (vv. 12–14)

“Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que desconheço!” (v.12)

Após contemplar a criação e a Palavra, Davi olha para dentro de si. Ele reconhece:

  • Seus pecados ocultos (v.12),

  • Seus pecados conscientes (v.13),

  • Seu desejo de que suas palavras e pensamentos sejam agradáveis a Deus (v.14).


  • Aplicação prática:

    • Não basta saber sobre Deus; precisamos de uma relação pessoal com Ele.

    • A revelação nos leva à confissão, arrependimento e dependência do Redentor (Cristo).

    • Devemos pedir que Deus nos examine (Salmo 139:23-24) e purifique não só nossas ações, mas nossos motivos e pensamentos.

Visão Cristã — Cristo como o centro

Embora Davi não tivesse ainda a plena revelação de Cristo, para nós, como cristãos, sabemos que:

  • A criação foi feita por meio de Cristo (João 1:3).

  • A Palavra aponta para Cristo (Lucas 24:27).

  • A revelação pessoal é possível porque Cristo nos reconciliou com Deus (2 Coríntios 5:18-19).

Por isso, podemos ler este salmo como um convite a ver Jesus como o supremo cumprimento da autorrevelação de Deus.

Aplicações práticas finais

  • Reservemos tempo para contemplar a natureza como um ato de louvor.

  • Coloquemos a Palavra de Deus no centro do nosso dia, buscando nela sabedoria e direção.

  • Oremos pedindo um coração puro, desejando agradar a Deus em palavras, pensamentos e atitudes.

  • Lembremo-nos de que Jesus é a revelação perfeita do Pai, e somente nEle podemos conhecer a Deus plenamente.


Graça e paz.

Otoniel Medeiros

Stott, John

Salmos favoritos: Inspiração e sabedoria nos Salmos - Viçosa: Ultimato, 2020.

domingo, abril 13, 2025

CRISTO É A NOSSA PÁSCOA (1Co 5.7)

 


Comparação: Páscoa Judaica x Páscoa Cristã

1. Origem e Significado

📖 Páscoa Judaica

  • Origem: Instituída por Deus em Êxodo 12.

  • Significado: Celebra a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito.

  • Símbolos: Cordeiro pascal, ervas amargas, pães sem fermento.

  • Propósito: Memorial perpétuo da salvação física e nacional de Israel.

  • Texto-base: “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como festa ao Senhor; através das vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” (Êxodo 12:14)

✝️ Páscoa Cristã

  • Origem: Cumprimento profético da Páscoa judaica na morte e ressurreição de Jesus Cristo.

  • Significado: Celebra a libertação da humanidade do pecado e da morte eterna.

  • Símbolos: Cruz, sepulcro vazio, ceia do Senhor (Santa Ceia).

  • Propósito: Comemoração da obra redentora de Cristo, o Cordeiro de Deus.

  • Texto-base: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (1 Coríntios 5:7)

2. O Cordeiro

🐑 Páscoa Judaica

  • Cordeiro sem defeito (Êxodo 12:5), cujo sangue nos umbrais das portas poupava da morte os primogênitos.

  • Tipologia de Cristo como o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

🕊️ Páscoa Cristã

  • Jesus é o Cordeiro perfeito, sem pecado (1 Pedro 1:18-19).

  • Seu sangue não apenas livra da morte física, mas concede vida eterna.

  • João Batista declarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29)

3. Libertação

⛓️ Páscoa Judaica

  • Libertação do cativeiro egípcio, da opressão de Faraó.

  • Salvação nacional e temporal.

🕊️ Páscoa Cristã

  • Libertação do cativeiro do pecado e da morte espiritual.

  • Salvação eterna e plena: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36)

4. Aliança

📜 Páscoa Judaica

  • Celebra a Antiga Aliança estabelecida no Sinai.

  • Lei escrita em tábuas de pedra.

✝️ Páscoa Cristã

  • Celebra a Nova Aliança no sangue de Cristo.

  • Lei escrita no coração: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue.” (Lucas 22:20)

5. Alimento e Celebração

🥖 Páscoa Judaica

  • Comer o cordeiro assado, pão sem fermento e ervas amargas.

  • Festa familiar, anual, celebrando a história do Êxodo.

🍞 Páscoa Cristã

  • Jesus institui a Santa Ceia como memorial da sua morte e ressurreição.

  • “Fazei isto em memória de mim.” (Lucas 22:19)

6. Ênfase Teológica

🎯 Páscoa Judaica

  • Ênfase na libertação histórica de um povo específico.

  • Lembrança da fidelidade de Deus à sua promessa a Abraão.

🎯 Páscoa Cristã

  • Ênfase na redenção universal por meio de Cristo.

  • Revelação plena da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas messiânicas.

  • Cristo como centro da história da redenção.

Conclusão: A Páscoa Cristã é o cumprimento pleno da Páscoa Judaica

A Páscoa Judaica era sombra, a Páscoa Cristã é a realidade.
Enquanto o sangue do cordeiro no Egito livrou da morte temporária, o sangue de Cristo liberta da morte eterna e concede vida abundante.
A celebração da Páscoa para os cristãos é uma exaltação ao Cordeiro ressuscitado, que venceu a morte e trouxe reconciliação com Deus.

“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (1 Coríntios 15:20)

Conclusão Bíblica sobre a Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor, instituída por Jesus na noite em que foi traído (Mateus 26:26-29), não é apenas uma recordação da última refeição com os discípulos — é o memorial eterno do sacrifício perfeito do Cordeiro de Deus. Ela nos conecta diretamente ao coração da redenção.

Na antiga Páscoa, Israel celebrava a libertação do Egito, mas agora, em Cristo, celebramos algo infinitamente maior: a libertação do pecado e a vitória sobre a morte. Jesus, ao partir o pão e oferecer o cálice, revelou que Ele é o verdadeiro Cordeiro Pascal, imolado não apenas por um povo, mas por toda a humanidade.

“Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.”
(1 Coríntios 11:25)

A Ceia do Senhor aponta para três grandes verdades bíblicas:

  1. Memorial do Sacrifício de Cristo
    “Anunciais a morte do Senhor até que ele venha.” (1 Coríntios 11:26)
    Cada vez que participamos da Ceia, proclamamos a eficácia eterna da cruz.

  2. Participação Espiritual
    “O cálice da bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1 Coríntios 10:16)
    Na Ceia, há comunhão com Cristo vivo e ressuscitado.

  3. Esperança Escatológica
    “Não beberei mais do fruto da videira, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.” (Mateus 26:29)
    A Ceia antecipa o banquete final das bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:9).

Portanto, a Ceia do Senhor é mais que um rito — é o selo visível da Nova Aliança, o lembrete da vitória do nosso Redentor e a antecipação da comunhão perfeita que teremos eternamente com Ele.

Celebrar a Ceia na Páscoa Cristã é afirmar com fé viva:

"Cristo morreu por nós, Cristo ressuscitou por nós, e Cristo voltará para nos buscar."

 

Assim cremos, na graça e na paz.


Otoniel Medeiros


  1. Uso de IA
  2. Matthew Henry
  • Comentário Bíblico Completo
  • Em seu comentário sobre Êxodo 12 e os Evangelhos, Matthew Henry conecta a Páscoa Judaica ao sacrifício de Cristo, destacando a libertação do pecado.

sexta-feira, abril 11, 2025

A ORAÇÃO

 

A ORAÇÃO

(Resumo baseado na obra Teologia Sistemática de Wayne Grudem, 2ª edição revista e ampliada).


Explicação e Base Bíblica

A oração é um meio que Deus nos concede para nos relacionarmos com Ele, expressarmos nossa dependência e participarmos ativamente em Sua obra no mundo. Apesar de Deus ser soberano, Ele ordena e deseja que oremos, mostrando que a oração faz diferença real.

A) Por que Deus quer que oremos?

  • Relacionamento com Deus: A oração aprofunda nosso relacionamento pessoal com Deus.

  • Expressão de dependência: Reconhecemos que tudo vem de Deus.

  • Participação no plano divino: Deus usa as nossas orações como meio para realizar Sua vontade.

  • Para o nosso bem: A oração nos transforma, nos santifica e fortalece nossa fé.

B) A eficácia da oração

1. Deus genuinamente responde às nossas orações, mudando o modo como age no mundo

  • A Bíblia mostra claramente que Deus responde às orações e muda situações em resposta a elas (Tg 4.2; Is 38.1–6).

2. A oração eficaz é possível por meio do nosso Mediador, Jesus Cristo

  • Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5), e por Sua mediação nossas orações são ouvidas.

3. O que significa orar "em nome de Jesus"?

  • Não é uma fórmula mágica, mas orar em nome de Jesus significa orar baseado na Sua autoridade, conforme Sua vontade e caráter.

4. Devemos orar a Jesus e ao Espírito Santo?

  • Embora a oração normalmente seja dirigida ao Pai, também há base bíblica para orarmos a Jesus (At 7.59-60) e reconhecermos o papel do Espírito Santo.

5. O papel do Espírito Santo nas nossas orações

  • O Espírito Santo nos ajuda em nossa fraqueza e intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26-27).

  • Ele também nos ensina a orar corretamente.

C) Considerações importantes acerca da oração eficaz

  1. Orar segundo a vontade de Deus:
    (1Jo 5.14-15) Nossas orações devem alinhar-se com a vontade revelada de Deus.

  2. Orar com fé:
    (Tg 1.6-8) A fé é essencial; sem ela, a oração é ineficaz.

  3. Obediência:
    (1Jo 3.22) A obediência a Deus fortalece nossa vida de oração.

  4. Confissão de pecados:
    (Sl 66.18; Tg 5.16) Pecados não confessados bloqueiam a eficácia da oração.

  5. Perdoar os outros:
    (Mc 11.25) O perdão é um requisito para orações respondidas.

  6. Humildade:
    (2Cr 7.14) Deus ouve o clamor dos humildes.

  7. Persistência na oração:
    (Lc 18.1-8) Devemos perseverar em oração sem desanimar.

  8. Orar com fervor:
    (Tg 5.16) A oração fervorosa é poderosa.

  9. Esperar no Senhor:
    (Sl 27.14) Paciência é uma parte vital da oração.

  10. Orar a sós:
    (Mt 6.6) Oração pessoal e íntima fortalece nossa comunhão com Deus.

  11. Orar com os outros:
    (At 1.14) A oração comunitária é poderosa e edificante.

  12. Jejum:
    (Mt 6.16-18) O jejum, acompanhado da oração, demonstra humildade e busca sincera por Deus.

  13. Quando a oração não é atendida:
    Deus, em Sua soberania, pode não atender como esperamos, mas confiamos que Seus caminhos são perfeitos (Rm 8.28).

D) Louvor e ação de graças

  • A oração deve incluir louvor e gratidão, reconhecendo as obras de Deus e a Sua fidelidade constante (Fp 4.6; Sl 100).

  • O louvor realinha nosso coração, nos lembra da grandeza de Deus e nos enche de esperança.


Graça e paz!


Otoniel Medeiros

segunda-feira, março 24, 2025

A MORTE


A MORTE

Certa vez num funeral como muitos já tinham falado para o conforto de todos, e como, pela revelação bíblica, eu não podia falar com quem tinha morrido, eu falei para a morte:

1 Corintios 15

"55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão (ponta perfurante)?" (1 Coríntios 15.55).

56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

57 Graça a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo".

A morte não é a última palavra. No Éden, a morte entrou no mundo como consequência do pecado (Gênesis 3:19). Porém, Deus não nos deixou sem esperança. Jesus Cristo veio para destronar a morte (1 Coríntios 15:55-57), transformando-a de derrota em vitória.  

A morte do crente é "partir" para estar com Cristo. Paulo declarou: "Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Filipenses 1:21). Para o cristão, a morte não é um adeus definitivo, mas um reencontro com o Salvador. Jesus prometeu: "Na casa de meu Pai há muitas moradas... vou preparar-vos lugar" (João 14:2). 

A MORTE FÍSICA E ESPIRITUAL

A Bíblia ensina que existem dois tipos de morte:

  • A morte física – a separação da alma e do corpo (Eclesiastes 12:7Hebreus 9:27).

  • A morte espiritual – a separação entre o homem e Deus devido ao pecado (Efésios 2:1-2).
    A morte espiritual pode ser revertida pela fé em Cristo, mas, se persistir até o fim, culmina na segunda morte, que é a condenação eterna (Apocalipse 20:14-15).

A MORTE ESTÁ MORRENDO

A morte é um "inimigo" progressivamente derrotado:

  • Na cruz: Cristo venceu o poder espiritual da morte (Hb 2:14).
  • No Milênio: A morte é limitada, mas não extinta.
  • Na eternidade: A morte é eliminada por completo.

O Milênio é um período de transição entre a vitória inicial de Cristo e a consumação final. Ainda haverá morte, mas não como consequência do pecado ativo, pois Satanás estará acorrentado (Ap 20:2-3). A humanidade que sobreviver ao juízo pré-Milênio viverá em um mundo sob o governo direto de Cristo, onde a maldição será aliviada, mas a mortalidade física permanecerá até a renovação total da criação.


Essa tensão revela um princípio central da Bíblia: Deus age de forma progressiva na história. A redenção não é instantânea, mas um processo que culmina na plenitude. O Milênio é um estágio dessa redenção, não seu ápice. A morte só será totalmente abolida quando o pecado e Satanás forem definitivamente removidos, e o universo for recriado (2 Pedro 3:13). Durante o Milênio: A morte existe, mas perde seu caráter trágico e aleatório. Após o Milênio: A morte é extinta para sempre, cumprindo-se 1 Coríntios 15:26.

CONCLUSÃO

A morte é um inimigo vencido por Cristo (1 Coríntios 15:26, 54-57) e, para o cristão, não é motivo de desespero, mas de esperança. A fé em Jesus garante que a morte não é o fim, mas a porta para a eternidade com Deus.

Graça e paz,

Otoniel Medeiros

terça-feira, fevereiro 25, 2025

CARNAVAL

O CARNAVAL

O Carnaval

O Carnaval é uma festa popular que tem suas raízes em tradições pagãs, especialmente nas celebrações da Antiguidade, como as festas em honra a deuses greco-romanos, como Baco (deus do vinho) e Saturno (deus do tempo - kronos). Essas festividades eram marcadas por excessos, libertinagem e comportamentos que iam contra os princípios de moderação e moralidade. Com o tempo, o Carnaval foi incorporado pela cultura europeia, especialmente em países católicos.

Origem e Chegada ao Brasil

O Carnaval tem suas raízes nas festas pagãs da antiguidade, como as Saturnais e Lupercais de Roma, marcadas por excessos, imoralidade e desregramento. Com o advento do cristianismo na Europa, essas festividades foram sincretizadas pela Igreja Católica, tornando-se um período de festas antes da Quaresma, tempo de penitência e preparação para a Páscoa.

A festividade chegou ao Brasil durante o período colonial, trazida pelos portugueses. No início, era caracterizada por brincadeiras e festejos populares, mas, com o tempo, evoluiu para grandes desfiles, bailes e celebrações, muitas vezes marcadas por exageros, sensualidade e permissividade.

O Carnaval e os Princípios Cristãos

A Bíblia ensina que os cristãos devem viver em santidade, separando-se das obras da carne e buscando uma vida que glorifique a Deus. Algumas passagens bíblicas nos ajudam a entender por que a participação no Carnaval entra em conflito com a vida cristã:

  1. Romanos 13:13-14"Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências."

    • O Carnaval, muitas vezes, promove exatamente o que esse versículo condena: excessos, embriaguez e práticas imorais.
  2. Gálatas 5:19-21"Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem... os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus."

    • As festividades carnavalescas frequentemente envolvem promiscuidade e atitudes que desonram o corpo, que é templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19-20).
  3. Efésios 5:11"E não vos associeis às obras infrutíferas das trevas; antes, porém, condenai-as."

    • O crente é chamado a rejeitar práticas que promovam o pecado e não a participar delas.

O Posicionamento do Cristão

Diante disso, o cristão deve se perguntar: minha participação no Carnaval glorifica a Deus? Ou estou sendo influenciado pelo mundo? Como seguidores de Cristo, somos chamados a sermos luz em meio às trevas (Mateus 5:14) e a buscarmos uma vida de santidade (1 Pedro 1:15-16).

Ao invés de se envolver com o Carnaval, muitos cristãos aproveitam esse período para se dedicar ao jejum, oração e retiros espirituais, buscando uma comunhão mais profunda com Deus.

Conclusão

Qaundo se tem essa fé cristã, uma fé bíblica, crendo em Cristo Jesus, rejeita-se o carnaval não por uma atitude de querer ter superioridade humana, mas um ato natural puramente expontâneo. O Carnaval carrega consigo elementos que contrariam os princípios bíblicos. Como cristãos, somos chamados a viver de maneira que glorifique a Deus em todas as áreas de nossa vida. A decisão de participar ou não deve ser feita com base na Palavra de Deus, buscando sempre honrar a Cristo em tudo o que fazemos (Colossenses 3:17).

Graça e paz,

Otoniel Medeiros


Fontes

  • Livros sobre cultura brasileira: Obras como "Carnavais, Malandros e Heróis" de Roberto DaMatta exploram o significado cultural do Carnaval no Brasil.

  • Sites e blogs cristãos: Muitos sites evangélicos, como CPAD News e Ultimato, publicam artigos e reflexões sobre o Carnaval do ponto de vista cristão.

segunda-feira, fevereiro 24, 2025

UM SÓ POVO (2/2)

 

UM SÓ POVO

Gálatas 3: 26Pois todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27porque todos vocês que foram batizados em Cristo de Cristo se revistiram. 28Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus.

HERDEIROS DA CRUZ

Romanos 8.17“E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.”

A realidade de HERDEIROS DA CRUZ, traz um eterno significado cristão onde recebemos uma herança espiritural imensurável: salvação e filiação que desencadeia o direito à herança eterna pela completa redenção em Cristo Jesus. Somos coerdeiros com Cristo.

O CAMINHO DA HERANÇA

Ser herdeiro da cruz é viver com a bandeira da esperança sempre hasteada, aguardando a plenitude do Reino de Deus, uma herança incourruptível; os salvos são perseverantes, Apocalipse 21.7: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.”

CONCLUSÃO

A herança aguardada é admensionalmente superior em glória as dificuldades do presente: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Romanos 8.18).

 

Na graça de Cristo Jesus,


Otoniel Medeiros🙏✝️


sexta-feira, fevereiro 21, 2025

UM SÓ POVO (1/2)

 

  UM SÓ POVO

Gálatas 326Pois todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27porque todos vocês que foram batizados em Cristo de Cristo se revistiram. 28Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus.


TODOS SÃO FILHOS DE DEUS (v.26)

Este texto traça uma grande diferença entre os crentes da antiga aliança e os da nova aliança. Ou seja, da escravidão para a liberdade em Cristo Jesus. Na nova aliança há uma definição terminante na redenção em Cristo Jesus, ou seja, SALVAÇÃO E FILIAÇÃO. Com a filiação vem o direito de herança. No original o termo filho é usado nas leis de adoção e herança de Roma no séc. 1. Tanto homens como mulheres desfrutam de todos os privilégios e obrigações e direito de herança dos filhos de Deus.

ADIÇÃO À FILIAÇÃO (2.27)

Em adição à filiação (v.26), Paulo insere duas imagens do novo tempo: o batismo e o revestimento de Criso. BATISMO: Os crentes já desceram à morte, morreram para a antiga aliança, era da lei, para o pecado e para a morte (Rm 6.3-4; Gl 2.19; 6.14) e saíram da água como participantes da nova criação (2Co 5.17), de Cristo se revestiram. O termo "revestidos", significa que vestiu uma roupa e assume uma nova vida e propósitos por meio da união espiritual com Cristo.

NÃO PODE HAVER NEM JUDEU NEM GREGO (v.28)

Na nova aliança a distinção entre judeus e gentios não exite mais (Ef 2.11-22), isso não significa o fim das distinções e do papel de cada um, de homem e mulher como foram criados e outras particularidades até escatológicas. O versículo destaca a unidade dentro da diversidade e não a similaridade.

CONCLUSÃO

Em Cristo todos somos igualmente amados, chamados e capacitados para o Reino de Deus.

Graça e paz,

Otoniel M. de Medeiros


(Fonte: Bíblia de Estudo NAA - Nova Almeida Atualizada)