sexta-feira, novembro 16, 2018

A GRANDE TRIBULAÇÃO

(Como nos dias de Noé)
Otoniel Marcelino de Medeiros


Mt 24.37: "Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do filho do homem."

Dn 12.1: "Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro."

INTRODUÇÃO

Abordamos este conteúdo, a grande tribulação, para em seguida falarmos sobre a vinda do Senhor Jesus, o milênio e o novo céu e a nova terra apresentando as diversas escolas escatológicas sobre a vinda do Senhor Jesus em relação a grande tribulação.

A GRANDE TRIBULAÇÃO

O Senhor Jesus destaca de forma sinalizadora a grande tribulação - Mt 24.21: “Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.” Leia Dn 12.1.

O juízo de Deus atua fortemente sobre o mundo neste período (Ap 6.1-17; Ap 8.1-14). Deus libera o juízo:

  1. Cavalo branco (Ap 6.2), uma representação do Anticristo. Leia também Zc 6.1; Mt 24.15; 2 Ts 2.1-11.
  2. Cavalo vermelho (Ap 6.4), uma visão simbólica de guerra. Leia Mt 10.34.
  3. Cavalo preto, (Ap 6.5), representando a fome como consequência da guerra.
  4. Cavalo amarelo (Ap 6.8), simbolizando a pestilência e a morte.

O anticristo, poder político mundial, atua conjuntamente com o falso profeta, poder religioso, que são expressões malignas do dragão, formam um trio vencidos pela grandeza do poder do Senhor Jesus. Destaquemos Ap 16.13: “Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs”.

A grande tribulação é sequenciada pelo retorno visível do Senhor, Mt 24.29-30: "29Imediatamente após a tribulação daqueles dias ‘o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados’.
30Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória.” Leituras indicadas Mt 24.21-29; Ap 3.10; Jr 30.4-7; Is 24.17-21; Zc 14.1-3.

Ainda sobre a Grande Tribulação a Bíblia apresenta:

a)    Daniel chama de uma tribulação jamais dante experimentada (Dn 12.1).
b)   Mateus descreve-a como a Grande Tribulação (Mt 24.21-29).
c)    João diz que é a "hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra" (Ap 3.10).
d)   Jeremias chama de "tempo de angústia para Jacó" (Jr 30.4-7).
e)    Tanto Isaías quanto Zacarias fazem referências dessa indignação de Deus contra os habitantes da terra que não creem no Senhor Jesus (Is 13.11; Is 24.17-21 e Zc 14.1-3).

Esse é o grande dia da ira de Deus sobre as nações (Ap 6.12-17). Haverá guerras, e pelo menos metade da população da terra será morta (Ap 6.4-8; 9.15-18). As pessoas serão queimadas, haverá grandes terremotos e enormes granizos. As cidades cairão e as ilhas e montanhas desaparecerão (Ap 16.8-9; 18.21).

Haverá entre a humanidade um grupo de pessoas que foram compradas como primícias para Deus e para o Cordeiro, sendo irrepreensíveis diante do trono de Deus (Ap 14.1-6), são os 144.000 comprados da terra, são os únicos que aprenderão um cântico celestial.

Neste período muitos serão mortos por causa testemunho que sustentarão, suas almas estarão sob o altar até que o número dos seus conservos seja completado (Ap 6.9-11). Interessante é que neste texto percebemos claramente a imortalidade da alma.

Conforme Dn 9.27, entendemos que a grande tribulação durará 7 anos sendo que na metade da semana haverá uma intensificação da ação do Anticristo, ou seja, a segunda metade da grande tribulação será de maior sofrimento.

A VINDA DO SENHOR JESUS

Paulo aos coríntios em 1 Co 15.52, dá entender que num abrir e fechar de olhos os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os vivos serão transformados, então, a vinda de Cristo para a igreja é instantânea. E em Mt 24.29-30, após a grande tribulação o Senhor virá com a igreja de uma forma visível, poderosa e gloriosa nas nuvens visivelmente para todas as nações. É uma vinda com a igreja para reinar. Cremos que, comparando estes dois textos bíblicos (1 Co 15.52 com Mt 24.29-30), que a Segunda Vinda de Cristo indica dois aspectos um como libertador da ira que há vir (1 Ts 1.10), como protetor da igreja em relação à grande tribulação, livrando-a da desta ira de Deus. O outro aspecto é, após a grande tribulação virá com a igreja reinar sobre as nações.

CONCLUSÃO

Cremos que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação, da ira que há de vir (1 Ts 1.10; 1 Ts 4.17). Lógico que muitos cristãos sinceros creem de forma contrária. A partir daí, tem-se os sete anos de ira de Deus, a grande tribulação, sendo a segunda metade desta tribulação de maior intensidade. Este período é encerrado com a vinda de Cristo com a igreja para um reinado de mil anos, onde Cristo vence a besta e o falso profeta (Ap 19). Então, a grande tribulação ocorre entre as duas fases da Vinda de Cristo, o primeiro momento para a igreja e depois com a igreja.

 Parnamirim - RN, 16 de novembro de 2018

A paz, e sempre na paz,

Otoniel Marcelino de Medeiros




domingo, outubro 21, 2018

O TEMPO DETERMINADO

Otoniel M. de Medeiros
Parnamirim-RN, 10 de outubro de 2018

Ec 3.1: “Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu:”

INTRODUÇÃO

O tempo determinado para a salvação em Cristo Jesus é hoje, agora, conforme a palavra do Senhor:

- “eis aqui AGORA o tempo aceitável, eis aqui AGORA o dia da salvação.” (2 Co 6.2);
- “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, …” (Hb 3.15);

As demais coisas tem o seu tempo determinado, disse William Blake: “Se agarrares o momento antes que ele esteja maduro, as lágrimas de arrependimento tu decerto colherás; mas, se o momento certo algumas vezes deixares escapar, as lágrimas do pesar tu jamais apagarás.”

DETERMINANDO O TEMPO

O discernimento amplo (distinção entre coisas) segundo John Stott tem seus princípios:

II Tm 3.16: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;”

1º PRINCÍPIO – Deve ser nosso anseio e obrigação de encaixar-se no propósito pleno de Deus para nós. 2º PRINCÍPIO – Devemos descobrir este propósito de Deus na Bíblia. A vontade de Deus para as pessoas está na Palavra d´Ele. A experiência nunca deve ser o critério da verdade; a verdade deve ser sempre o critério da experiência. 3º PRINCÍPIO – Esta revelação do propósito de Deus na Bíblia deve ser buscada preferencialmente nas suas passagens didáticas (nos ensinos e sermões de Jesus e escritos dos apóstolos). 4º PRINCÍPIO – Nossa motivação ao buscarmos aprender o propósito de Deus no ensino da Escritura, é prática pessoal e não acadêmica e polêmica.

TROPEÇANDO NO POSSÍVEL

Lc 14.28: "Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?” 

Temos a nossas torres a serem construídas, portanto temos que planejar a nossa carreira, ou seja, o modo como “pela vida corro e percorro”. O filósofo Mario Sérgio Cortella estabelece uma grande diferença entre desejo e expectativa, ele diz: “desejo é algo que você tem, mas não necessariamente vai procurar, por supô-lo às vezes inatingível. Expectativa é algo que se espera e aguarda.


O poeta Carlos Drummond de Andrade ensinou: “Eu tropeço no possível, e não desisto de fazer a descoberta do que tem dentro da casca do impossível”. Marguerite Yourcenar: “Toda felicidade é uma obra-prima: o menor   erro a deturpa, a menor hesitação a altera, a menor deselegância a estraga, a menor tolice a embrutece.”

No pensamento de Mario Sergio Cortella:
- A nossa carreira tal como o sonho, é um horizonte, não é um lugar.
- Vamos buscando e felizmente não atingimos por completo.
- Um sonho que acaba é algo que tira a vitalidade.
- A satisfação plena faz perecer a competência e fragiliza a oportunidade.

CONCLUSÃO

A Bíblia destaca dois tempos: hoje para a salvação em Cristo Jesus e o tempo determinado para as demais coisas. Portanto, o tempo determinado para a salvação é hoje (2 Co 6.2 e Hb 3.15). Para as demais coisas é necessário também a busca do discernimento para não antecipar ou postergar o tempo para cada “coisa da vida”.

E nessa luta da vida não podemos esquecer o quinteto de promessas (Max Lucado) de Jeremias (Lm 3.21-24):
1.Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos.
2.Suas misericórdias são inesgotáveis.
3.Elas se renovam cada manhã.
4.Grande é a sua fidelidade.
5.A minha porção é o Senhor.

Na paz e sempre na paz,

Otoniel M. de Medeiros