terça-feira, outubro 14, 2025

7/7 - O RETORNO DE CRISTO E A VIDA ETERNA

 

Texto base: João 14:1-3

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (João 14:1–3)

1. O RETORNO DE CRISTO É UMA PROMESSA CERTA

Desde os primeiros dias da fé cristã, os seguidores de Jesus viveram com a esperança do Seu retorno. Essa promessa não é simbólica, mas real e literal, fundamentada nas palavras do próprio Cristo.

  • Atos 1:10–11 — “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”

  • Hebreus 9:28 — “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.”

A promessa do retorno de Jesus é o elo final do plano da salvação — Aquele que veio para redimir o homem virá novamente para consumar a redenção.

2. POR QUE JESUS VOLTARÁ?

O retorno de Cristo tem propósitos definidos e redentores:

  1. Para buscar os que creram nele (a Igreja)

    • 1 Tessalonicenses 4:16–17 — “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares...”

  2. Para julgar o mundo e estabelecer justiça

    • Mateus 25:31–32 — “Quando o Filho do Homem vier em sua glória... todas as nações serão reunidas diante dele; e apartará uns dos outros...”

  3. Para restaurar todas as coisas

    • Atos 3:21 — “O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo...”

O retorno de Cristo não é apenas um evento futuro, é o ponto culminante do propósito eterno de Deus.

3. A VIDA ETERNA: O DESTINO DOS REDIMIDOS

A vida eterna é mais do que duração infinita — é a comunhão perfeita com Deus, em Seu amor e presença. Jesus definiu-a de forma simples e profunda:

  • João 17:3 — “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

A Bíblia revela o destino glorioso dos que creram em Cristo:

  • Apocalipse 21:3–4 — “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens... e Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor...”

  • Romanos 6:23 — “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.”

A vida eterna é dom, não conquista. Ela é recebida pela fé em Cristo, não por mérito humano (Efésios 2:8–9).

4. UM ALERTA PARA OS NÃO CRISTÃOS

O retorno de Cristo é motivo de esperança para os que creem, mas de alerta para os que o rejeitam.

  • Mateus 24:44 — “Por isso, estai vós também apercebidos; porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis.”

  • João 3:18 — “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado...”

Deus oferece tempo e graça para que todos se arrependam (2 Pedro 3:9). Mas a oportunidade é agora: depois da volta de Cristo, não haverá segunda chance (Hebreus 9:27). O Evangelho é o convite de Deus para a eternidade.

5. A ESPERANÇA QUE TRANSFORMA O PRESENTE

A certeza da volta de Cristo e da vida eterna muda a forma como vivemos hoje. Quem crê nessa promessa:

  • Vive com propósito e santidade (1 João 3:2–3)

  • Mantém fé e esperança, mesmo em meio às lutas (Romanos 8:18)

  • Proclama o Evangelho, sabendo que o tempo é curto (2 Coríntios 5:20)

A esperança do futuro eterno molda a fidelidade no presente.

Conclusão

Jesus virá novamente — essa é a esperança bendita dos cristãos. A promessa da Sua volta não é uma ameaça, mas um convite à fé, ao arrependimento e à esperança. O mesmo Cristo que morreu pelos pecados e ressuscitou para a vida eterna voltará para levar os seus consigo.

“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”
Apocalipse 3:11

Pense nisso

Se você ainda não entregou sua vida a Cristo, o tempo da graça ainda está aberto. Deus te chama com amor e te oferece vida eterna gratuita por meio de Jesus. Creia, arrependa-se e receba o dom da salvação.

“Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.”
1 João 5:12

Reflexão Final

“A volta de Cristo é a esperança dos salvos e o chamado de Deus aos perdidos.”

Graça e paz

Otoniel Medeiros



terça-feira, outubro 07, 2025

6/7 - A SALVAÇÃO ETERNA EM CRISTO

 


Texto Base

“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” — Lucas 19:10

1. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO

O ponto de partida da doutrina da salvação é a condição do homem separado de Deus pelo pecado.
  • “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” — Romanos 3:23. “O salário do pecado é a morte.” — Romanos 6:23a
Desde a queda em Gênesis 3, a humanidade passou a viver em inimizade com Deus (Romanos 5:12). Nenhum esforço humano, religião ou boa obra pode restabelecer a comunhão perdida.
  • “Não há justo, nem um sequer.” — Romanos 3:10
Assim, a salvação é necessária e urgente para todos.

2. A ORIGEM DA SALVAÇÃO: O AMOR DE DEUS

A salvação não nasce da iniciativa humana, mas do amor eterno de Deus.
  • “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” — João 3:16
Esse amor é a fonte da graça redentora, manifesta em Cristo antes mesmo da criação:
  • “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo.” — 1 Pedro 1:20
Deus não esperou o homem buscar por Ele; foi Ele quem buscou o homem.
  • “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou.” — 1 João 4:10
3. O MEIO DA SALVAÇÃO: CRISTO E SUA OBRA REDENTORA

A salvação é unicamente em Cristo.
  • “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” — Atos 4:12
Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Na cruz, Ele assumiu a culpa que era nossa e pagou o preço que não podíamos pagar.
  • “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” — 2 Coríntios 5:21
A cruz é o centro da salvação: ali se encontram a justiça e o amor de Deus (Salmo 85:10). A ressurreição é a confirmação da vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e o inferno (1 Coríntios 15:3-4, 20-22).

4. O ALCANCE DA SALVAÇÃO: GRAÇA MEDIANTE A FÉ

A salvação não é resultado de méritos humanos, mas dom gratuito de Deus.
  • “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” — Efésios 2:8-9
A fé em Cristo é a mão que se estende para receber o dom divino. A justificação acontece pela fé e não pelas obras (Romanos 5:1). Cristo é o fundamento dessa fé:
  • “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo.” — Atos 16:31
5. OS RESULTADOS DA SALVAÇÃO

A salvação em Cristo traz transformação total:
  • Justificação — somos declarados justos diante de Deus (Romanos 5:1).
  • Regeneração — nascemos de novo, recebendo nova vida espiritual (João 3:3-6).
  • Adoção — tornamo-nos filhos de Deus (João 1:12).
  • Santificação — passamos a viver sob a direção do Espírito Santo (Romanos 8:9-14).
  • Glorificação — aguardamos a consumação final da salvação quando Cristo voltar (Romanos 8:30).
6. A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO

A salvação em Cristo é segura e eterna, porque repousa na fidelidade de Deus, não na fragilidade humana.
  • “As minhas ovelhas ouvem a minha voz... e eu lhes dou a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.” — João 10:27-28
  • Nada pode separar o crente do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Romanos 8:38-39).

7. A RESPONSABILIDADE DE QUEM É SALVO

A salvação não é um ponto final, mas o início de uma nova vida em obediência, serviço e testemunho.
  • “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai.” — Mateus 5:16
O salvo deve viver para a glória de Cristo e anunciar o Evangelho da salvação aos outros.
  • “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” — Marcos 16:15
APLICAÇÃO PRÁTICA
  • A salvação não é religião, é relacionamento com Cristo.
  • Não se conquista, se recebe pela fé.
  • O salvo em Cristo vive em gratidão, não em medo.
  • A verdadeira fé produz obediência e santidade.
  • A missão do salvo é refletir Cristo ao mundo.

REFLETINDO

“A salvação não é o prêmio do justo, mas o presente do Deus Justo àquele que crê.”

VERSO FINAL
  • “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.” — 1 João 5:12

Grça e paz


Otoniel Medeiros

terça-feira, setembro 30, 2025

5/7 - A EXALTAÇÃO E O SENHORIO DE CRISTO

 


“Por isso também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2.9-11)

1. Cristo Exaltado na Glória

Depois de cumprir perfeitamente a obra redentora na cruz e triunfar sobre a morte na ressurreição, Jesus foi elevado ao mais alto lugar. A sua humilhação (kenosis) foi seguida pela sua exaltação. Ele ascendeu aos céus, está à destra do Pai e reina em glória (At 2.33; Hb 1.3). Sua exaltação é a garantia de que a sua obra está completa e de que o seu sacrifício foi aceito diante de Deus.

2. O Senhorio de Cristo

Jesus não é apenas Salvador, mas também Senhor. O mesmo que deu a vida é aquele que governa todas as coisas (Mt 28.18; Ef 1.20-22). Seu senhorio é universal, eterno e incontestável. Diante dEle todos os joelhos se dobrarão, não apenas por imposição, mas por reconhecimento de sua majestade. A confissão de fé “Jesus Cristo é o Senhor” é central para a vida cristã (Rm 10.9).

3. A Redenção em Cristo

Toda a criação geme aguardando a redenção plena (Rm 8.21-23). Em Cristo, Deus reconciliou consigo todas as coisas, “fazendo a paz pelo sangue da sua cruz” (Cl 1.20). Nele a humanidade encontra não só perdão, mas também restauração, esperança e vida eterna. A exaltação de Cristo é a certeza de que a vitória sobre o pecado e a morte é definitiva.

4. Amor de Deus e Unidade no Espírito

O plano da exaltação de Cristo é fruto do amor eterno do Pai, realizado na obra do Filho e aplicado pelo Espírito Santo. A Trindade age em perfeita unidade na história da salvação. O Espírito Santo conduz os crentes a confessarem o senhorio de Cristo (1Co 12.3) e a viverem para a glória de Deus Pai, em comunhão com o Filho e em santificação contínua.

5. Aplicação Cristocêntrica e Evangelística

  • Reconhecer Jesus como Senhor significa entregar a vida a Ele, obedecer e viver para sua glória.
  • A exaltação de Cristo convida o pecador a crer nEle, pois somente no Senhor exaltado há salvação (At 4.12).
  • O cristão é chamado a proclamar o senhorio de Cristo em palavra e vida, testemunhando ao mundo que o Reino de Deus já está presente.
6. Louvor e Adoração

Diante do Cristo exaltado, a única resposta adequada é o louvor. O céu inteiro o adora: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Ap 5.12). A Igreja na terra se une a esse coro, proclamando que Jesus reina e voltará em glória.

Conclusão

A exaltação e o senhorio de Cristo nos conduzem a uma vida de fé, de entrega e de adoração. O Pai o exaltou, o Espírito Santo o revela, e nós, como Igreja, proclamamos: Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai!

Graça e paz.

Otoniel Medeiros

terça-feira, setembro 23, 2025

4/7-A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

Versículo Áureo:

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11:25)

Desenvolvimento Bíblico

A ressurreição de Jesus é o centro da fé cristã, pois confirma a sua identidade como Filho de Deus, valida sua obra redentora e inaugura a vitória definitiva sobre a morte e o pecado. Sem a ressurreição, a cruz seria apenas um ato de sofrimento, mas por meio dela, o sacrifício de Cristo recebe sua plena confirmação (1Co 15:17-20).

1. Profecias Cumpridas

Desde o Antigo Testamento, a ressurreição de Cristo foi anunciada:

  • Salmo 16:10 – “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.” (Cumprido em Atos 2:25-31).

  • Isaías 53:10-11 – O Servo Sofredor veria “a luz” após a angústia, apontando para sua ressurreição.

  • Oséias 6:2 – “Depois de dois dias nos dará vida; ao terceiro dia nos ressuscitará.”

Jesus também anunciou repetidamente que ressuscitaria ao terceiro dia (Mt 16:21; Mc 8:31; Lc 9:22).

2. A Realidade Histórica da Ressurreição

Os evangelhos testemunham o túmulo vazio (Mt 28:6), as aparições do Cristo ressurreto a várias pessoas (Jo 20:19-29; 1Co 15:5-8) e a transformação radical dos discípulos, que passaram do medo à ousadia.

3. O Significado da Ressurreição

  • Confirma a divindade de Cristo (Rm 1:4).

  • Garante a nossa justificação (Rm 4:25).

  • Assegura a esperança da vida eterna (1Pe 1:3).

  • É a base da pregação e da fé cristã (1Co 15:14).

4. Implicações para o Crente

A ressurreição não é apenas um fato passado, mas uma realidade presente e futura:

  • Presente: vivemos em novidade de vida (Rm 6:4-5).

  • Futuro: temos a esperança da ressurreição final (1Ts 4:14-17).

Resumo Teológico

A ressurreição de Jesus é o ponto central da história da redenção. Nela convergem as promessas do Antigo Testamento, o cumprimento na vida e obra de Cristo e a certeza da vitória escatológica sobre a morte. Ela autentica quem Jesus é, sela a eficácia da cruz e fundamenta a esperança cristã.

Frase de Fechamento

“A ressurreição de Jesus é a prova de que a morte foi vencida, a salvação foi consumada e a esperança do cristão é viva e eterna.”


Graça e paz


Otoniel Medeiros

terça-feira, setembro 16, 2025

3/7 - A MORTE DE JESUS CRISTO

 


1. Introdução

A cruz é o centro da mensagem do Evangelho. A morte de Jesus não foi um acidente histórico, mas o cumprimento do plano eterno de Deus para a redenção da humanidade (Atos 2:23). Desde o Antigo Testamento, Deus já havia anunciado que o Messias seria o Cordeiro sacrificado pelos pecados do povo (Isaías 53; João 1:29).

2. A Morte de Jesus na Cruz – Profecia e Cumprimento

a) Profecias do Antigo Testamento

  • Isaías 53:4-6 – O Servo Sofredor levaria sobre si as nossas dores e pecados.
  • Salmo 22:16-18 – O sofrimento do justo, perfurado nas mãos e nos pés, tendo suas vestes repartidas.
  • Zacarias 12:10 – Olhariam para aquele a quem traspassaram.
b) Cumprimento no Novo Testamento
  • Mateus 27:35 – Repartiram suas vestes.
  • João 19:34-37 – Seu lado traspassado confirma Zacarias.
  • 1 Pedro 2:24 – Ele levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro.
3. O Propósito da Cruz

a) Redenção do homem
  • Efésios 1:7 – “Nele temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados.”
  • Hebreus 9:12 – Cristo entrou no Santo dos Santos, obtendo eterna redenção.
b) Reconciliação com Deus
  • Romanos 5:10 – Pela morte de Seu Filho fomos reconciliados com Deus.
  • Colossenses 1:20-22 – Pela cruz, Cristo trouxe paz, reconciliando todas as coisas.
c) Substituição vicária
  • 2 Coríntios 5:21 – Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós.
  • Gálatas 3:13 – Cristo nos resgatou da maldição da lei, tornando-se maldição em nosso lugar.
4. A Universalidade da Redenção
  • A morte de Cristo tem valor suficiente para todos, embora seja eficaz apenas para os que creem:
  • João 3:16 – Deus amou o mundo e deu Seu Filho.
  • 1 João 2:2 – Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
  • Hebreus 2:9 – Jesus provou a morte por todos.
5. Aplicação Espiritual
  • A cruz nos chama à fé e arrependimento (Atos 3:19).
  • A cruz nos leva à santificação – morremos para o pecado e vivemos para Deus (Romanos 6:6-11).
  • A cruz nos impulsiona à missão – proclamar que só em Jesus há salvação (Atos 4:12).
  • A cruz nos dá esperança eterna – porque Cristo morreu e ressuscitou, nós também viveremos (1 Tessalonicenses 4:14).
6. Conclusão

A morte de Jesus é o ponto culminante da história da redenção. Nela se encontram o amor e a justiça de Deus. Ali o Cordeiro de Deus tomou sobre si a condenação que era nossa, para que, pela fé, fôssemos feitos filhos de Deus e herdeiros da vida eterna.

Texto-chave: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)

Graça e paz.

Otoniel Medeiros

domingo, setembro 14, 2025

O PROFETA HOJE


INTRODUÇÃO

Hoje, na vida da Igreja, o profeta não é aquele que traz uma “nova revelação” além das Escrituras, mas alguém que, em submissão à Palavra de Deus, é usado pelo Espírito para edificação, exortação e consolação (1 Co 14.3). A profecia, quando genuína, tem como centro a glorificação de Cristo (Ap 19.10) e a edificação do corpo de Cristo, nunca a autopromoção ou confusão.

Num tempo em que tantas vozes disputam a atenção do povo de Deus, torna-se essencial compreender biblicamente qual o lugar do profeta hoje, como discernir sua mensagem e qual a relevância desse ministério para a saúde espiritual da Igreja. Neste artigo destacaremos a profecia de origem de Deus, humana e maligna.

1 - A PROFECIA DE DEUS

Na Bíblia, o profeta verdadeiro fala em nome de Deus e suas palavras são fiéis à revelação divina: Deuteronômio 18:22 – “Quando o profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele.” Aqui, o critério é a veracidade do cumprimento da palavra. Se não se cumpre, não procede de Deus. Jeremias 23:16 – os falsos profetas falavam “visão do seu coração” e não da boca do Senhor. 2 Pedro 1:21 – o verdadeiro profeta é movido pelo Espírito Santo, não por vontade própria. 

Ou seja, na Bíblia, o verdadeiro profeta não erra quando fala em nome do Senhor. No Novo Testamento, há instruções específicas: 1 Tessalonicenses 5:20-21 – “Não desprezeis as profecias, mas examinai tudo; retende o bem.” Aqui, Paulo reconhece que no meio da igreja podem aparecer profecias verdadeiras e outras misturadas com erro ou interpretação humana, por isso a necessidade de exame. 1 Coríntios 14:29 – “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” Isso mostra que nem tudo o que é chamado “profecia” deve ser aceito sem discernimento. A comunidade deve julgar conforme a Palavra. Assim, diferente do Antigo Testamento, onde o profeta era a voz exclusiva de Deus para o povo, no Novo Testamento a igreja recebe o Espírito Santo e tem o dever de discernir e julgar a profecia.

Pode um verdadeiro profeta hoje errar?

Pela Bíblia - Antigo Testamento: o verdadeiro profeta não podia falhar, pois falava diretamente da parte do Senhor. Novo Testamento: há uma distinção. O dom profético é real, mas a Bíblia orienta a provar e julgar as profecias. Isso indica que, mesmo em alguém com dom profético, pode haver mistura da inspiração do Espírito Santo com impressões pessoais (1 Co 13:9 – “Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos”).

Ou seja: Uma pessoa hoje pode ser usada por Deus em profecia. Porém, ela não é profeta no mesmo nível de Isaías, Jeremias ou João. O profeta não mente mas erra por engano. Como Paulo disse, profetizamos em parte, portanto, pode haver erros humanos misturados. Daí a necessidade de “julgar” (1 Co 14:29) e “reter o bem” (1 Ts 5:21).

2 - A PROFECIA HUMANA

Base bíblica: Jeremias 23.16, 21: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam... não os enviei, contudo eles correm; não lhes falei, contudo eles profetizam” Ezequiel 13.2-3: “Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram”. Características: Desejo de destaque, manipulação ou autopromoção. Uso do nome de Deus para validar ambições pessoais. Profecias que trazem confusão, medo ou bajulação ao invés de arrependimento e edificação. Consequência: Esse é o caso da falsa profecia, que não procede de engano humano, mas de intenção carnal. Deus condena severamente (Dt 18.20: “o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar... morrerá”). No mínimo está morto espiritualmente.

3 - PROFECIA DE ORDEM MALIGNA

O Espírito Santo não inspira o mal nem induz o crente a falar algo contra Deus (1 Co 12.3: “Ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Anátema seja Jesus”). Efésios 1.13-14: “Fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa herança...”. O selo é garantia de pertença a Cristo, proteção espiritual e marca da salvação.

Pode um cristão ser usado para profetizar algo de ordem maligna? Diretamente pelo Espírito Santo: NÃO. O Espírito de Deus nunca inspirará uma mensagem maligna. Deus não contradiz a si mesmo (Tt 1.2; Hb 6.18). Indiretamente, por influência humana ou espiritual: POSSÍVEL. Mesmo sendo salvo, o cristão ainda pode: Deixar-se levar por emoções ou orgulho pessoal, achando que fala em nome de Deus. Dar brecha espiritual (Ef 4.27), permitindo engano, caso não vigie. Misturar revelação genuína com pensamentos humanos ou até influências espirituais externas.

Exemplos bíblicos nesta área: Pedro: em Mt 16.16, professa corretamente que Jesus é o Cristo (revelação do Pai). Mas logo em Mt 16.22-23, repreende Jesus de modo carnal, sendo usado como instrumento da ideia de Satanás: “Para trás de mim, Satanás!”. Mostra que um discípulo sincero pode, em dado momento, expressar palavras contrárias ao plano de Deus. Profetas do AT: alguns misturavam revelações de Deus com palavras de seu próprio coração (Ez 13.2-3). Nem destacamos o que realmente não são crentes.

CONCLUSÃO

É indispensável discernimento: Provar os espíritos (1 Jo 4.1). Nem toda mensagem que vem de um cristão é automaticamente inspirada pelo Espírito Santo. Conferir com a Escritura (Is 8.20). Se contradiz a Palavra, não vem de Deus. Avaliar frutos (Mt 7.15-20). A profecia verdadeira edifica, consola e exorta (1 Co 14.3). Julgar em comunidade (1 Co 14.29). O dom deve ser avaliado pela igreja. O crente maduro deve: Julgar a profecia pela Escritura. Observar os frutos na vida do profeta (Mt 7.15-20). Examinar se Cristo é glorificado e a Igreja edificada.

Graça e paz.

Otoniel Medeiros

sexta-feira, setembro 12, 2025

2/7 - A VIDA PERFEITA DE JESUS

Texto-chave:

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hebreus 4:15)

1. A singularidade da vida de Jesus

A vida de Jesus foi marcada pela perfeição moral e espiritual. Ele nasceu de forma sobrenatural (Lc 1:35), viveu sem pecado (1 Pe 2:22) e cumpriu perfeitamente a vontade do Pai (Jo 8:29). Diferente de todos os homens, que herdaram a natureza pecaminosa de Adão (Rm 5:12), Jesus é chamado de “o último Adão” (1 Co 15:45), que viveu em plena obediência.

Aplicação: A perfeição de Cristo é a base da nossa justificação. Não confiamos em nossa própria justiça (Is 64:6), mas na justiça perfeita dEle (2 Co 5:21).

2. A tentação e a vitória de Jesus

Jesus foi tentado pelo diabo no deserto (Mt 4:1-11). Satanás tentou desviá-lo da vontade do Pai oferecendo atalhos, mas Jesus venceu usando a Palavra de Deus: “Está escrito”.

  • Ele mostrou que a vida perfeita não consiste em ausência de provações, mas em fidelidade a Deus em meio às provas (Tg 1:12).

  • A vitória de Cristo sobre a tentação é a garantia de que Ele pode nos socorrer nas nossas (Hb 2:18).

Aplicação: Assim como Cristo venceu pela Palavra, também devemos depender dela (Sl 119:11). A vida perfeita de Cristo é modelo e encorajamento para nós, que ainda lutamos contra o pecado.

3. A obediência até a morte

Jesus não apenas viveu sem pecado, mas foi obediente até o fim. Filipenses 2:8 declara:
“... humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”
A sua vida perfeita culminou em uma morte perfeita: voluntária, substitutiva e redentora (Jo 10:17-18).

Aplicação: Nossa obediência parcial não nos salva. A salvação é possível porque Jesus viveu a obediência total. Essa perfeição é creditada a nós pela fé (Rm 5:19).

4. A vida de Cristo como modelo para o crent

A Bíblia nos chama a andar como Ele andou:

  • “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.” (1 Jo 2:6)

  • “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” (1 Co 11:1)

Sua vida foi de amor (Jo 13:34), humildade (Mc 10:45) e santidade (1 Pe 1:15-16).
Ainda que não alcancemos a perfeição nesta vida, somos chamados a buscá-la, porque o Espírito Santo nos conforma à imagem de Cristo (Rm 8:29).

Aplicação: A vida perfeita de Jesus não é apenas um exemplo, mas um padrão possível pela ação do Espírito. Nossa santificação é o reflexo prático da vida de Cristo em nós (Gl 2:20).

5. Conclusão

A vida perfeita de Jesus é o fundamento da nossa salvação e o modelo da nossa santificação. Ele viveu o que não conseguimos viver, morreu a morte que merecíamos e nos deu a vida que não poderíamos conquistar.

  • Sem pecado (Hb 4:15),

  • Plenamente obediente (Fp 2:8),

  • Vitorioso sobre o mal (Mt 4:11),

  • Modelo para nós (1 Jo 2:6).

Portanto, o crente pode descansar em Sua obra consumada e, ao mesmo tempo, esforçar-se para refletir Seu caráter diante do mundo.

Pergunta para reflexão: Como a consciência da vida perfeita de Jesus transforma a forma como eu luto contra o pecado e busco viver em santidade hoje?

Graça e paz.

Otonel Medeiros


MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

quinta-feira, setembro 04, 2025

1/7-QUEM É JESUS?

(Um convite bíblico à fé em Cristo)


A pergunta “Quem é Jesus?” atravessa os séculos e continua sendo a mais importante de todas. Ele mesmo a fez a seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15). A resposta a essa pergunta define o destino eterno de cada ser humano.


1.1 - JESUS É O FILHO DE DEUS


Desde os céus, o próprio Pai testemunhou sobre Ele: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3.17). Não foi apenas um profeta ou mestre, mas o Filho unigênito de Deus (João 3.16), enviado para revelar o Pai e oferecer salvação ao mundo.


1.2 - JESUS É O VERBO ETERNO


Antes de nascer em Belém, Jesus já existia: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1). Ele não teve início em Maria, mas se fez carne para habitar entre nós (João 1.14). Assim, Jesus é eterno, divino e participante da criação: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele” (João 1.3).


1.3 - JESUS É O SALVADOR DO MUNDO


O propósito de sua vinda não foi apenas ensinar, mas salvar: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). Na cruz, Ele derramou Seu sangue como sacrifício perfeito pelos pecados da humanidade: “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pedro 2.24).Não há caminho para Deus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).


1.4 - JESUS É O SENHOR RESSUSCITADO


A morte não pôde detê-lo. Ao terceiro dia, Ele ressuscitou (Mateus 28.6), provando ser o Senhor da vida e da morte. “Eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 1.17-18). Sua ressurreição garante esperança a todo aquele que crê: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10.9).


1.5 - JESUS É O JUIZ E REI ETERNO

A história não termina aqui. Ele voltará para reinar e julgar: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá” (Apocalipse 1.7). Todo joelho se dobrará diante dele (Filipenses 2.10-11).


CONCLUSÃO – UM CHAMADO PESSOAL


A Bíblia mostra que Jesus não é apenas uma figura do passado, mas o Salvador vivo que chama cada pessoa a uma decisão. Ele disse: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa” (Apocalipse 3.20). Quem é Jesus para você? Ele é o Filho de Deus, o Verbo eterno, o Salvador do mundo, o Senhor ressuscitado e o Rei que virá. Crer nele é receber vida eterna: “Quem crê no Filho tem a vida eterna” (João 3.36). Hoje, Ele te convida a abrir o coração e encontrá-lo como Senhor e Salvador.


Graça e paz.


Otoniel Medeiros





MEDEIROS, Otoniel Marcelino. Uso do ChatGPT: com curadoria, revisão, adaptação e organização final de Otoniel Marcelino de Medeiros, 2025.

terça-feira, agosto 26, 2025

AGRADECIDO PELAS BÊNÇÃOS DE DEUS

 

Gratos a Deus por Suas Bênçãos

A gratidão é um tema central na vida cristã, um eco constante que ressoa nos corações daqueles que reconhecem a bondade de Deus. Ser agradecido não é apenas uma reação a algo bom que nos acontece, mas uma postura de vida, um reconhecimento profundo de que tudo o que temos e somos vem do Criador. Essa gratidão se manifesta em louvor, em alegria e em uma confiança inabalável em Sua providência.

A Gratidão Expressa em Louvor

O Salmo 98 e o Salmo 100 são hinos de exaltação que nos convidam a expressar nossa gratidão de forma audível e comunitária. O Salmo 98, com o seu "Cantai ao Senhor um cântico novo", nos lembra que a salvação e as maravilhas de Deus são motivos suficientes para um louvor que se renova a cada dia. É um convite para que toda a criação — rios, montes e mares — se junte a nós para celebrar a justiça e a fidelidade de Deus.

Já o Salmo 100 nos conclama a "servir ao Senhor com alegria" e a "entrar em Suas portas com ações de graças". A gratidão, aqui, não é passiva; ela se torna um serviço, um ato de adoração que se manifesta na celebração. Reconhecer que "o Senhor é bom" e que "a Sua misericórdia dura para sempre" é a base sólida sobre a qual nosso agradecimento se apoia.

O Salmo 103 aprofunda essa reflexão, trazendo a gratidão para o âmbito pessoal. Davi, o autor do salmo, nos encoraja a "bendizer ao Senhor... e não esquecer de nenhum dos seus benefícios". Ele não nos convida a agradecer apenas pelas coisas grandes, mas a nos lembrar de cada detalhe da bondade divina.

Este salmo nos ensina a ser gratos por:

  • O perdão dos nossos pecados ("é Ele quem perdoa todas as tuas iniquidades").

  • A cura das nossas enfermidades ("quem sara todas as tuas enfermidades").

  • A redenção da nossa vida da perdição ("quem redime a tua vida da cova").

  • O favor e a misericórdia ("quem te coroa de benignidade e de misericórdia").

  • A renovação das nossas forças ("quem farta de bens a tua vida, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia").

O Salmo 103 é um lembrete de que a gratidão brota do reconhecimento do caráter de Deus — um Pai compassivo, um Juiz justo e um Redentor fiel.

A Gratidão Como Estilo de Vida

O apóstolo Paulo, em 1 Tessalonicenses 5.16-18, eleva a gratidão a um princípio de vida ininterrupto. A exortação "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" pode parecer desafiadora, mas carrega em si uma profundidade espiritual.

Essa passagem não sugere que devemos ser gratos pelo mal que nos acontece, mas sim que devemos manter a gratidão em todas as circunstâncias. A gratidão, aqui, é um ato de fé, uma confiança de que Deus está no controle, mesmo em meio às dificuldades. Ela nos liberta da murmuração e nos conecta à vontade de Deus, que busca o nosso bem e a nossa santificação. Ser grato em todas as coisas é um testemunho poderoso de que nossa esperança não está nas circunstâncias, mas no Deus que as transcende.

A gratidão, portanto, não é apenas um sentimento, mas uma prática bíblica que transforma a nossa perspectiva. Ela nos move do egocentrismo para a adoração, da reclamação para o louvor. Seja em cânticos de alegria, em reflexões pessoais sobre a bondade de Deus ou em uma atitude de fé em meio às provações, a gratidão nos aproxima do coração de Deus e nos lembra que, em cada bênção, em cada milagre, e até mesmo em cada desafio, Ele está presente e cuidando de nós.


Graça e paz.


Otoniel Medeiros

terça-feira, agosto 19, 2025

TOMANDO DECISÕES

 

Tomando Decisões: Um Guia com Base na Fé

A vida é uma jornada de escolhas. Desde as mais simples até as que definem rumos, cada decisão que tomamos molda nosso caminho. Para o cristão, esse processo não precisa ser uma fonte de ansiedade, mas sim uma oportunidade para aprofundar a confiança em Deus. A Bíblia nos oferece princípios sólidos para tomar decisões que honram a Deus e nos levam a um lugar de paz e propósito.

1. Busque Sabedoria, não Apenas Entendimento

Muitas vezes, tentamos resolver nossos dilemas apenas com a nossa própria capacidade de raciocínio. A Bíblia, no entanto, nos exorta a buscar uma sabedoria que vai além do conhecimento humano. Provérbios 3:5-6 é um dos textos mais poderosos para este tema: "Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas."

Aqui está a chave: A confiança em Deus deve ser total, "de todo o seu coração". O nosso entendimento é limitado, mas a sabedoria de Deus é perfeita. Para tomar decisões, a primeira atitude deve ser a oração, pedindo a Ele a sabedoria que Ele promete dar generosamente a quem a pede com fé. (Tiago 1:5)

2. Alinhe suas Decisões com a Palavra de Deus

A Bíblia não é apenas um livro de histórias; é o nosso manual de vida. A vontade de Deus é revelada nas Escrituras. Antes de decidir, pergunte-se: "Essa escolha está alinhada com os princípios bíblicos?" Se uma decisão contradiz o que a Bíblia ensina sobre amor, honestidade, pureza ou justiça, ela já deve ser descartada. A Palavra de Deus é "lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos" (Salmo 119:105), iluminando o próximo passo e nos guardando de tropeços.

3. Busque Conselhos Sábios

Deus nos colocou em comunidade. Ele usa outras pessoas para nos guiar e nos dar clareza. Provérbios 11:14 nos lembra: "Onde não há direção, o povo cai, mas na multidão de conselheiros há segurança."

Converse com líderes espirituais, mentores ou amigos maduros na fé. Eles podem oferecer perspectivas que você não considerou, ajudando a identificar pontos cegos e a confirmar os direcionamentos que Deus tem colocado em seu coração. A humildade de buscar conselho é, na verdade, um sinal de sabedoria.

4. Confie no Processo e no Caráter de Deus

Às vezes, mesmo após orar e buscar conselho, a decisão ainda não parece clara. É nesse momento que a fé é mais testada e fortalecida. Lembre-se que Deus é bom, fiel e tem um plano para a sua vida (Jeremias 29:11). A falta de uma resposta imediata não significa que Ele te abandonou. Ele pode estar usando a espera para moldar seu caráter, aumentar sua paciência ou te proteger de um caminho que você não enxerga ser prejudicial.

Filipenses 4:6-7 nos ensina a não andarmos ansiosos: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus." A paz de Deus é um poderoso indicador de que estamos no caminho certo, mesmo que a situação ainda não esteja totalmente resolvida.

Conclusão: Um Chamado à Fé

Tomar decisões com base na fé cristã é um ato de adoração. É dizer a Deus: "Eu confio em Ti mais do que em mim mesmo." Permita que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração. Se a decisão traz paz, alegria e está alinhada com a Palavra e o conselho de irmãos sábios, siga em frente com confiança. Lembre-se que Deus é o guia perfeito. Ele não apenas nos ajuda a escolher o caminho certo, mas também nos sustenta e nos fortalece enquanto caminhamos nele.

Graça e paz.

Otoniel Medeiros

terça-feira, agosto 05, 2025

COMO ORAR NA FÉ CRISTÃ

Um estudo bíblico baseado em Mateus 6.5-15; 7.7-11; Marcos 14.36; João 15.7; Filipenses 4.6-7; 1 Tessalonicenses 5.17; 1 João 5.14-17

1. A Importância da Oração (1 Ts 5.17)

“Orai sem cessar.”

Ensinamento - Assim a Bíblia nos fala:

Orar é um estilo de vida e não apenas um momento do dia. A vida cristã deve estar em constante comunhão com Deus.

Aplicação:

  • Mantermos o coração sempre voltado para Deus.

  • Oremos em todo tempo: nos momentos bons e difíceis.

  • Cultivemos uma vida de dependência e relacionamento contínuo com o Senhor.

2. O Ensino de Jesus sobre a Oração (Mt 6.5-15)

a) Como NÃO orar (vv. 5-8):

Jesus condena:

  • A oração hipócrita — feita para ser vista pelos homens (v. 5)

  • A repetição vazia — como os pagãos que pensam ser ouvidos por muito falar (v. 7)

b) Como ORAR (vv. 6, 9-13):

Jesus ensina:

  • No secreto: um momento íntimo com Deus (v. 6)

  • O Pai Nosso: modelo de oração com elementos essenciais:

Estrutura do Pai Nosso (Mt 6.9-13):

  1. Adoração – “Pai nosso, que estás nos céus…”

  2. Submissão à vontade de Deus – “Seja feita a tua vontade…”

  3. Pedidos por necessidades diárias – “O pão nosso de cada dia…”

  4. Confissão e perdão – “Perdoa-nos…”

  5. Proteção espiritual – “Livra-nos do mal…”

c) Perdão e oração (vv. 14-15):

Quem ora precisa perdoar. A comunhão com Deus está ligada à comunhão com o próximo.

3. Perseverança na Oração (Mt 7.7-11)

“Pedi, e dar-se-vos-á...”

Ensinamento:

  • Pedir com fé

  • Buscar com intensidade

  • Bater com perseverança

Jesus mostra que Deus, sendo Pai amoroso, sabe dar boas dádivas aos filhos.

Aplicação:

  • Oremos com confiança no amor e na bondade do Pai.

  • Sejamos inistentes, mesmo quando as respostas demoram.

  • A fé perseverante agrada a Deus (Hb 11.6).

4. Oração Submissa à Vontade de Deus (Mc 14.36)

“Abba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas o que tu queres.”

Ensinamento:

  • Jesus, no Getsêmani, mostrou que orar é também submeter-se à vontade do Pai, mesmo em meio à dor.

Aplicação:

  • Sejamos sincero diante de Deus.

  • Não escondermos a dor, mas submetê-la à soberania divina.

  • A oração madura reconhece que a vontade de Deus é melhor.

5. Oração e Permanência em Cristo (Jo 15.7)

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.”

Ensinamento:

  • A eficácia da oração está ligada à intimidade com Cristo e à obediência à Sua Palavra.

Aplicação:

  • Lermos e meditarmos na Palavra.

  • Permitirmos que a vontade de Deus molde nossos pedidos.

  • Quanto mais Cristo viver em nós, mais nossa oração se alinhará com a vontade do Pai.6. Orar com Gratidão e Paz (Fp 4.6-7)

“Não andeis ansiosos... em tudo, pela oração e súplica com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus.”

Ensinamento:

  • A oração é o antídoto para a ansiedade.

  • Devemos apresentar tudo a Deus com gratidão.

Aplicação:

  • Não levemos só pedidos; levemos também gratidão.

  • Confiemos que Deus está cuidando, mesmo antes de vermos a resposta.

  • A paz de Deus guarda o nosso coração e a mente.

7. Oração Segundo a Vontade de Deus (1 Jo 5.14-17)

“Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.”

Ensinamento:

  • A oração eficaz é aquela que se alinha com a vontade de Deus.

  • Interceder por outros é uma prática cristã legítima e poderosa.

Aplicação:

  • Oremos com discernimento espiritual.

  • Busquemos conhecer a vontade de Deus pela Palavra.

  • Oremos pelos irmãos, especialmente os que estão em pecado, com espírito de restauração.

Conclusão:

✦ Orar é um privilégio e uma necessidade para o cristão.

✦ Devemos orar com sinceridade, persistência, submissão, gratidão e fé.

✦ A oração deve ser moldada pela Palavra e guiada pela vontade de Deus.

✦ O resultado da oração não é só a resposta, mas a paz, a comunhão e a transformação que ela gera em nós. A oração na fé cristã deve ser feita no nome de Jesus (Jo 14.13-14; 15.16; 16.23-24; Ef 5.20; Cl 3.17; 1 Tm 2.5).

Graça e paz.

Otoniel Medeiros

Referências Bibliográficas


1. STOTT, John. Ouça o Espírito, ouça o mundo. São Paulo: ABU Editora, 2007.

Stott apresenta uma compreensão equilibrada sobre a vida cristã, incluindo um capítulo sobre oração, abordando o relacionamento com Deus de forma prática e bíblica.


2. YANCEY, Philip. Oração: ela faz alguma diferença? São Paulo: Mundo Cristão, 2007.

Um livro acessível, profundo e honesto sobre a experiência da oração. Explora as dúvidas, os desafios e o poder transformador da oração cristã.

quinta-feira, julho 31, 2025

O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE

 

Texto base: João 11.25-26

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?"

1. A Realidade da Morte

A Bíblia não ignora a realidade da morte. Ela é uma consequência direta do pecado:

“Porque o salário do pecado é a morte...” (Romanos 6.23a).
Desde a queda no Éden, todos os seres humanos estão sujeitos à morte física (Gênesis 3.19). A morte é o fim da existência terrena, mas não o fim da existência do ser humano. O corpo volta ao pó, mas o espírito retorna a Deus (Eclesiastes 12.7).

2. O Estado do Homem Após a Morte

A Bíblia nos revela que há consciência após a morte. Jesus contou a história do rico e Lázaro (Lucas 16.19-31), onde ambos, ao morrerem, mantêm plena consciência, lembrança, sentimentos e discernimento espiritual. Esse texto nos mostra que há uma separação imediata entre salvos e perdidos:

  • Os salvos vão para o "seio de Abraão" (paraíso), um lugar de descanso.

  • Os ímpios vão para o Hades, lugar de tormento temporário.

3. O Destino dos Salvos

Para quem crê em Cristo, a morte não é o fim, mas a entrada numa nova realidade com Deus.

“Tendo desejo de partir, e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Filipenses 1.23).
“Ausentes do corpo, presentes com o Senhor” (2 Coríntios 5.8).
 

O crente em Jesus vai diretamente para a presença de Deus. Ele não passa por um sono inconsciente, mas continua vivo no espírito, em plena comunhão com Cristo.

4. O Destino dos Perdidos

Aqueles que rejeitam a salvação em Cristo enfrentarão o juízo de Deus:

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9.27). 

O Hades é um lugar de espera até o juízo final (Apocalipse 20.11-15), onde os mortos que não creram em Cristo serão julgados segundo suas obras e lançados no lago de fogo, que é a segunda morte.

5. O Plano de Redenção em Cristo

Mas Deus, rico em misericórdia, nos deu uma viva esperança por meio do sacrifício de Jesus:

“Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23b). 

Jesus venceu a morte! Ele ressuscitou ao terceiro dia, garantindo que todos os que n’Ele creem também ressuscitarão para a vida eterna (João 5.24-29; 1 Coríntios 15.20-22).

"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele" (1 Tessalonicenses 4.14).

6. A Ressurreição dos Mortos

Haverá uma ressurreição futura para todos:

  • Dos salvos, para vida eterna (João 5.29a; 1 Coríntios 15).

  • Dos ímpios, para condenação eterna (João 5.29b; Apocalipse 20).

Os crentes receberão corpos glorificados, incorruptíveis e imortais.

“E assim estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4.17).

7. Um Chamado à Fé Viva

Crer em Jesus é a única segurança quanto ao que vem depois da morte.

“Na casa de meu Pai há muitas moradas... vou preparar-vos lugar” (João 14.2). 

A morte é um inimigo vencido por Cristo. Para o cristão, ela se torna a porta de entrada para a glória.

“Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15.55).

Conclusão: Viva a Esperança Eterna

O que acontece depois da morte depende do que fazemos com Cristo antes dela. A redenção em Jesus nos tira do medo da morte e nos enche de esperança. Adoramos a Deus porque em Cristo a morte foi vencida, a vida eterna foi garantida, e o amor de Deus foi plenamente revelado.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Palavra final para reflexão:

"Crês tu isto?" — Jesus (João 11.26)


Graça e paz,


Otoniel Medeiros


Referências

  1. GEISLER, Norman L.
    Teologia Sistemática: Volume 4 – Escatologia. São Paulo: Vida, 2011.
    ➤ Trata da morte, estado intermediário, céu, inferno, ressurreição e eternidade.

  2. HORTON, Stanley M.
    Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
    ➤ Apresenta o ponto de vista pentecostal sobre morte, julgamento, céu e inferno.

  3. GRUDEM, Wayne.
    Teologia Sistemática: Doutrina bíblica para a vida cristã. São Paulo: Vida Nova, 2020.
    ➤ Capítulos sobre a morte, o estado intermediário e o destino eterno do ser humano.

  4. ERICKSON, Millard J.
    Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2015.
    ➤ Aborda de forma equilibrada o estado pós-morte, julgamento final, céu e inferno.

  5. LEWIS, C. S.
    O Grande Abismo. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
    ➤ Obra ficcional com forte conteúdo teológico sobre céu, inferno e escolhas eternas.

  6. STOTT, John.
    A Doutrina do Inferno. São Paulo: ABU Editora, 2002.
    ➤ Discussão profunda e honesta sobre o juízo e a eternidade sem Deus.

  7. R. C. SPROUL.
    O que acontece quando morremos? São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
    ➤ Curto, bíblico e direto. Uma introdução pastoral e teológica ao tema.

  8. LADD, George Eldon.
    Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2001.
    ➤ Discute a escatologia de Jesus, ressurreição e juízo final.


quinta-feira, julho 24, 2025

DEUS AINDA FAZ MILAGRES

 



Introdução

A fé cristã é, por sua própria natureza, alicerçada na crença em um Deus que intervém ativamente na história humana e na vida individual. E, em resposta à pergunta "Deus ainda faz milagres?", a Bíblia oferece um sonoro e inegável "Sim!". A Palavra de Deus não apenas narra milagres ocorridos no passado, mas também sustenta a convicção de que Ele é imutável e Seu poder não diminuiu ao longo dos séculos.

Milagres são intervenções divinas que transcendem as leis naturais, manifestando o poder e a bondade de Deus. Eles acontecem para:
  • Glorificar a Deus (João 11:40 – "Se creres, verás a glória de Deus").
  • Confirmar a Sua Palavra (Marcos 16:20 – "O Senhor confirmava a mensagem com os sinais que a acompanhavam").
  • Atender às necessidades humanas (Mateus 14:14 – Jesus multiplicou pães por compaixão)
A Natureza Imutável de Deus

Um dos pilares dessa crença é a imutabilidade de Deus. Malaquias 3:6 declara: "Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." Essa verdade fundamental nos assegura que o Deus que abriu o Mar Vermelho (Êxodo 14), fez o sol parar (Josué 10) e ressuscitou Lázaro (João 11) é o mesmo Deus hoje. Sua essência, Seu caráter e Seu poder permanecem inalterados. Se Ele operou maravilhas no passado, não há razão para crer que Ele deixou de fazê-lo.

Jesus Cristo: O Milagre Encarnado e o Modelo Divino

A vinda de Jesus Cristo ao mundo é, em si, o maior milagre de todos. Sua encarnação, vida, morte e ressurreição são o ponto central da fé cristã e a demonstração máxima do poder milagroso de Deus. Durante Seu ministério terreno, Jesus realizou inúmeros milagres: curou cegos, coxos e paralíticos, expulsou demônios, acalmou tempestades, multiplicou pães e peixes e ressuscitou mortos. Ele mesmo afirmou em João 14:12: "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai." Essa promessa, embora multifacetada em sua interpretação, certamente aponta para a continuidade da obra de Deus através de Seus seguidores.

O Poder do Espírito Santo na Era Presente

Após a ascensão de Jesus, o Espírito Santo foi enviado para capacitar os crentes, conforme prometido em Atos 1:8: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra." O livro de Atos é um testemunho vívido da continuidade dos milagres através da igreja primitiva. Pedro e João curaram um paralítico na porta do templo (Atos 3), Filipe realizou sinais e prodígios em Samaria (Atos 8), e Paulo foi usado por Deus para realizar curas e libertação (Atos 19). O Espírito Santo não é menos ativo hoje do que era naquela época. Ele continua a operar milagres, capacitando crentes a serem instrumentos da vontade de Deus.

Testemunhos e a Fé Contemporânea

Milagres não são apenas histórias bíblicas; eles são uma realidade contínua para muitos crentes ao redor do mundo. Testemunhos de curas inexplicáveis, libertações de vícios, provisão sobrenatural e intervenções divinas em situações impossíveis abundam em diversas culturas e denominações cristãs. É importante notar que nem todo pedido é atendido da forma que esperamos, e a soberania de Deus é sempre o fator primordial. Contudo, a ausência de um milagre específico não anula a verdade de que Deus é um Deus de milagres. A fé não é na ausência de problemas, mas na presença de um Deus que pode intervir neles.

Deus Opera Milagres Hoje
  • Curas físicas: Muitos testemunham libertação de doenças terminais (Tiago 5:14-15).
  • Libertação espiritual: Vidas são libertas de vícios e opressões (João 8:36).
  • Provisão sobrenatural: Famílias experimentam sustento em crises (Filipenses 4:19).
  • Ressurreições: Há relatos modernos, como na África e na Ásia, confirmando Atos 26:8 ("Por que se julga incrível que Deus ressuscite os mortos?").
Conclusão

Em suma, a Bíblia nos ensina que Deus ainda faz milagres porque Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Seu poder não se esgotou. Jesus Cristo demonstrou plenamente a capacidade de Deus de operar o sobrenatural, e o Espírito Santo continua a capacitar a igreja para ser um canal de Suas obras poderosas. Portanto, com base nas Escrituras e na experiência de milhões de pessoas, a resposta é clara: Deus sim, ainda faz milagres!

Testemunhemos os milagres que já experimentamos em nossoas vidas na graça de Deus.


Graça e paz!


Otoniel Medeiros




Referências bibliográficas

1. OMARTIAN, Stormie. O Poder da Oração que Vale a Vida. 1. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2019.

2. STOTT, John. O Espírito Santo: O Esquecido da Igreja. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 2016.

quinta-feira, julho 17, 2025

SUPERANDO A CULPA E O PASSADO

 

Texto-chave:

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).

INTRODUÇÃO

A culpa e o peso do passado são realidades que afetam milhões de pessoas, inclusive crentes. Muitos vivem em constante acusação, sentindo-se presos a erros antigos. O inimigo se aproveita disso para roubar a paz, a alegria e impedir o crescimento espiritual.

Contudo, pela graça de Deus, há libertação, cura e nova vida em Cristo. Este estudo busca mostrar, à luz da Bíblia e com apoio de Charles Stanley, que é possível viver livre da culpa e do peso do passado.

1. A realidade da culpa e do arrependimento

A culpa é um sentimento real. A culpa pode ser:
  • Culpa verdadeira, causada por pecado real.
  • Culpa falsa, imposta por outros ou por expectativas irreais.
É normal sentir remorso quando pecamos, mas viver presos a isso não é o plano de Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar...” (1 João 1:9),

Charles Stanley destaca: “Deus não quer que você viva se punindo continuamente por algo que Ele já perdoou.” (STANLEY, 2004, p. 22).

2. Ação do Inimigo: A Acusação Constante

O diabo é descrito como o "acusador dos nossos irmãos" (Ap 12:10). Ele tenta nos manter presos ao passado, mesmo depois do arrependimento, sugerindo que não fomos realmente perdoados.

“Pois, quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Salmo 103:12).

3. O Arrependimento Segundo a Bíblia

Arrependimento verdadeiro envolve:
  • Reconhecimento do erro
  • Confissão
  • Decisão de mudança de rumo (metanoia)
  • Confiança no perdão divino
  • Charles Stanley afirma: “O verdadeiro arrependimento não é ficar se martirizando, mas confiar que Deus perdoou e restaurou” (STANLEY, 2004, p. 39).
4. Perdão e Restauração em Cristo

A obra de Cristo na cruz garante perdão total e definitivo aos que se arrependem e creem. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).
  • Não há pecado que o sangue de Jesus não possa perdoar (Hb 9:14).
  • A nova identidade em Cristo não é baseada em nosso passado, mas em quem Deus diz que somos agora.
5. Como Superar a Culpa na Prática

a) Confesse e arrependa-se sinceramente
  • Não negue nem esconda o erro (Pv 28:13).
  • Arrependa-se com fé no perdão de Deus.
b) Acredite no perdão de Deus
  • Não viva como se o perdão fosse algo a ser conquistado.
  • Aceite a graça de Deus com humildade.
c) Renove sua mente pela Palavra
  • “Transformai-vos pela renovação da vossa mente" (Romanos 12:2).
d) Rejeite as mentiras do acusador
  • Identifique e rejeite pensamentos de condenação.
  • Substitua pela verdade da Palavra.
e) Viva o presente com propósito
  • Seu passado não define seu futuro.
  • Viva em gratidão pela misericórdia de Deus.
6. Exemplo Bíblico: Pedro
  • Pedro negou Jesus três vezes (Lc 22:54-62).
  • Chorou amargamente — genuíno arrependimento.
  • Jesus o restaurou e confiou-lhe o cuidado das ovelhas (Jo 21:15-17).
  • Pedro superou o passado e tornou-se líder da Igreja primitiva!
APLICAÇÕES
  • Deus não quer que vivamos no passado. Em Cristo, temos perdão e restauração.
  • A culpa pode nos levar ao arrependimento, mas não deve nos prender ao erro.
  • Quando Deus perdoa, Ele também esquece (Is 43:25).
  • Podemos viver com alegria, liberdade e identidade restaurada.
Refletindo
  • “Não somos definidos pelo nosso passado errado, mas pelo perdão que recebemos em Cristo.”
  • “A graça de Deus cobre até aquilo que não conseguimos esquecer.”
  • “Deus não nos chama para viver se culpando, mas para andarmos em novidade de vida.”
CONCLUSÃO

A culpa e o passado só têm poder em nós se dermos a eles essa permissão. O Senhor Jesus oferece perdão completo e nova vida. Com base bíblica e como ensinou Charles Stanley, a verdadeira cura acontece quando cremos no amor e na graça de Deus.

Graça e paz!

Otoniel Medeiros



Fonte Bibliográfica

STANLEY, Charles. Superando a culpa e o arrependimento. São Paulo: Betânia, 2004.