terça-feira, janeiro 14, 2014

PERDÃO OU TOLERÂNCIA?

(Referência bibliográfica: O Mal e a Justiça de Deus – N. T. Wright; Editora Ultimato)

Mateus 6.12: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;”

As vezes conseguimos, pela graça de Deus, hoje sermos melhores do que ontem e amanhã melhores do que hoje: "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18)". O perdão é uma dessas variáveis restritivas do aperfeiçoamento da vida relacional.

Perdão não é:

- O mesmo que tolerância.
- Sinônimo de inclusão.
- Indiferença, seja ela pessoal ou moral.

O perdão é:

- Levar o mal a sério.
- É dar nome ao mal e envergonhá-lo.
- Não permitir que o mal determine o tipo de pessoa que seremos.

Perdoar é um ato de coragem onde se faz tudo ao alcance para “retomar um relacionamento adequado com o ofensor depois que o mal for tratado.”

Sabemos que o perdão é muito difícil de praticar e receber – “e difícil também no sentido de que, uma vez em prática, ele é poderoso; diferente da falsa tolerância, que se limita a seguir a lei da menor resistência.”


Na paz e sempre na paz,

Otoniel Medeiros

domingo, janeiro 12, 2014

DEUS VAI A UMA FESTA


Otoniel M. de Medeiros

João 5.1-9 (A cura de um paralítico no tanque de Betesda)

INTRODUÇÃO

Misericórdia é um termo amplo que se refere a benevolência, perdão e bondade em uma variedade de contextos éticos, religiosos, sociais e legais. Jesus foi à Jerusalém para um festa, possivelmente a Páscoa de 28 d.C. Mesmo indo para uma festa primeiro passou no local talvez mais triste da cidade onde só havia enfermos cegos, coxos e paralíticos; e, neste local, escolheu um homem para curar doente há 38 anos.

Misericórdia é Deus não nos castigando, apesar de merecermos; graça é a bondade de Deus em nós sem merecermos. Misericórdia é a libertação do castigo e graça é a bondade de Deus sobre nós.

DESTAQUES

Jesus pergunta ao paralítico: "Queres ser curado?". O Dr Shedd comenta que Deus não dá Sua salvação a quem não quer (Jo 3.16; Mt 11.28).

N. Hom destacando essa cura: 1) Jesus viu o paralítico - iniciativa divina (Jo 4.19); 2) Jesus sabia - compaixão divina (Rm 8.29); 3) Jesus indagou e mando - cooperação e motivação divinas.

O paralítico sofria em consequência do pecado e já no templo quando o ex-paralítico identifica que foi Jesus que o curou, Jesus recomenda que "não peques mais".

CONCLUSÃO 

  • O tempo não anula pecados. A culpa não é lavada pelo tempo, mas pelo a arrependimento e consequentemente pelo sangue de Cristo. 
  • Festas sem a prática do amor ao próximo, nos deixa desconfortável.
  • A cura do paralítico não cancelou a oportunidade de outro ser curado no Tanque de Betesda. (Rm 2.11).
A Igreja vive a escatologia inaugurada: período compreendido entre a vitória de Cristo (morte ressureição e glorificação) sobre o mal e o mundo vindouro (novos céus e nova terra, Ap21). N. T. Wright: "Temos o direito de agir como o irmão mais velho e não participar da festa; Deus tem a soberania de argumentar conosco, porém, o novilho cevado será servido - quer participemos ou não.

Neste período da escatologia inaugurada, o nosso pecado nos condiciona ao tanque de Betesda, mas somos visitados pelo Espírito Santo que nos cura, nos salva e nos mantém. Já há uma festa cósmica pela vitória de Cristo. Aleluia.

Na paz e sempre na paz,

Otoniel M. de Medeiros