quinta-feira, março 26, 2020

A BENDITA ESPERANÇA

A BENDITA ESPERANÇA

Otoniel M. de Medeiros



Lucas 21: “10Então, lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino;11haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais no céu”.

Lucas 21: “28Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”.

INTRODUÇÃO 

Hoje é 25 de março de 2020, o mundo vive a terrível pandemia do novo coronavirus (Covid-19). Nos últimos 1.500 anos estima-se mais de 3 bilhões de pessoas no mundo morreram vítimas de doenças provocadas por novos vírus e bactérias. No domingo agora 22 de março de 2020, o maior terremoto em 140 anos atingiu a capital da Croácia, Zagrebe, com esse povo em quarentena. Foram afetados os países: Bósnia e Herzegovina, Croácia, Hungria, Eslovênia e Áustria. Hoje 25 de março de 2020, um grande terremoto atingiu o extremo leste da Rússia. Observamos que é uma “sucessão” de coisas conforme fala Lucas 21.28. 

A pergunta dos discípulos ao Mestre é quando aconteceria a destruição do templo. O Senhor Jesus começa a mostrar e começa falando sobre o princípio das dores até chegar a Jerusalém sitiada, destruída, incluindo o Templo no ano 70 d.C. pelos romanos, o Senhor Jesus descreveu os acontecimentos em sentido contrário à linha do tempo, misturando um pouco o início dos acontecimentos finais com a destruição de Jerusalém que se daria uns 37 anos depois daquele momento, em seguida o Senhor aborda a vinda do Filho do homem. Parece que sofrimento humano no princípio das dores e a grande tribulação é uma projeção proporcional do que aconteceu com a destruição de Jerusalém, que foi um profundo e intenso sofrimento para o povo judeu.

O Novo Testamento se refere à segunda vinda de Cristo por mais de trezentas vezes, numa média de um versículo a cada vinte e seis. O cristianismo é totalmente seguro em crer e depositar a sua viva esperança e confiança nesta verdade. O nosso objetivo neste texto é ver os acontecimentos neste planeta contaminado pelo pecado, numa segurança da Bendita Esperança: a próxima vinda do Senhor Jesus a este planeta. O Senhor Jesus vence no Calvário e como toda a raça humana achava-se sob a servidão devido ao temor da morte (Hb 2.14-15), afastou a ira divina que pairava sobre nós por causa dos nossos pecados. Com a Sua ressurreição nos justificou (Rm 4.25), essa amplitude do amor de Deus, permite que vivamos a Bendita Esperança, aleluia!

A BENDITA ESPERANÇA (Tito 2.13)

A iminente e bendita esperança da Igreja é a ressurreição e o arrebatamento dos que dormem em Cristo com os santos que estiverem vivos (Rm 8.23; 1 Co 15.51-52; 1 Ts 4.16-17; Tt 2.13). As vezes o medo com o “suceder” das coisas terríveis sobrenaturais e humanas podem deixar as pessoas e sem qualquer esperança. Deus não permitirá que as circunstâncias prejudiquem seus planos. Ele instaurará o seu reino glorioso. A volta de Cristo é a esperança da Igreja. A morte jamais poderia ser a nossa esperança. O ensino da segunda vinda de Cristo é o incentivo a uma vida santa e estimula o serviço cristão.

O princípio das dores parece como um portal para a Grande Tribulação que é um período de terrível tribulação e angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel fala de uma tribulação jamais dantes experimentada (Dn 12.1), Jeremias chama “o tempo de angústia para Jacó (Jr 30.4-7). Tanto Isaias quanto Zacarias falaram acerca desta indignação de Deus contra os habitantes da terra (Is 24.17-21 e Zc 14.1-3). Mateus descreve como a Grande Tribulação (Mt 24.21-29). João descreve como a “hora da tentação que há de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).

Só o sangue do Senhor Jesus é suficiente para salvar-nos da ira de Deus (Rm 5.9). Deus não nos destinou para a ira, mas para a salvação em nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5.9). Quando tudo isso começar a acontecer, e agora a continuidade desses sinais, também é sinal de que a redenção da Igreja, a nossa redenção está próxima (Lc 21.28), com o destaque que devemos focar a nossa atenção sobre o Senhor Jesus Cristo, e não sobre os sinais.

CONCLUSÃO

Esta pandemia da Covid–19, que é uma sucessão de sinais previstos (Lc 21.10), como Deus é soberano e tem o controle de tudo, podemos entender como um juízo de Deus em decorrência de alguma quebra de harmonia da vida pelo ser humano. Logicamente ainda não é o juízo de Deus na expressão apocaliptica, porque as pessoas ainda podem interferir em alguma coisa com prevenção, ciência ou outras alternativas. A plenitude dos juízos de Deus, quando Deus usará esse recurso também como um recurso de misericórdia ainda não é, porque nessa dimensão o humano nada poderá fazer, a não ser se arrepender e curvar-se diante da soberania de Deus. Resta-nos pedirmos perdão a Deus e nos ajustarmos melhor aos seus planos como indivíduo, família e igreja. Como as palavras do Senhor não passam (Lc 21.33) tanto de juízo como de proteção, destacamos: “Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar de pé diante do Filho do homem" (Lc 21.36).


Na paz, e sempre na paz: Deus é soberano e tem o controle de tudo.


Otoniel M. de Medeiros




Referência bibliográfica


MENZIES, William W.; HORTON, Stannley M. Doutrinas Bíblicas. São Paulo: Casa Publicadora das Assembleias de Deus.



Parnamirim – RN, 26 de março de 2020