terça-feira, junho 06, 2023

ORDENANÇAS DA IGREJA


ORDENANÇAS, aquilo que foi ordenado, ou seja: O BATISMO e a CEIA DO SENHOR, que o Senhor Jesus Cristo deixou à Igreja que observasse porque têm uma relação muito importante com as experiências que simbolizam. A verdadeira compreensão, como disse Bancroft, das ordenanças parece abranger uma tríplice significação:

  • são verdades cristãs simbolizadas;
  • são memórias de Cristo, observadas em obediência a Ele, expressões de amor e devoção;
  • são ritos cristãos, que designam como discípulos de Cristo aqueles que as observam convenientemente.

I) O BATISMO (Rito de iniciação)


“O batismo simplesmente apresenta, através de símbolo visível, a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, com também nossa morte para com a antiga vida de pecado, nosso sepultamento na semelhança de Sua morte, e nossa ressurreição para andarmos com Ele em nova vida” (Goodchild).

O batismo é obrigatório na dispensação da Igreja, porque:

a) Ordenado por Cristo

Mc 16: “15E disse-lhes: Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. 16Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. Ver também Mt 28.19-20.

b) Praticado pela Igreja primitiva

At 2: “41Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram batizado, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil batizados. 42E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Ler também At 8.35-39 e Rm 6.1-5.

Estes textos sugerem a ordem: conversão, batismo, admissão à Igreja local, andar ordeiro, observância da Ceia do Senhor e da oração coletiva.


II) A CEIA DO SENHOR (Rito de continuidade)


"A comunhão da Ceia do Senhor tem o propósito de servir de recordação de sofrimentos do Senhor a nosso favor. É uma celebração de Sua morte. O Salvador sabia como é curta a memória humana. E, por consideração à nossa fraqueza e inclinação ao esquecimento, estabeleceu essa simples ceia memorial. Nela, tomamos do pão partido, simbolizando Seu corpo que foi ferido por nós, e do fruto esmagado da videira, símbolo de Seu sangue derramado por nossos pecados. É uma lembrança dos sofrimentos do Senhor, a qual nos apresenta com muita nitidez o Calvário e sua cruz. A ceia, porém, contempla não só o passado mas também o futuro. É uma comemoração e é uma profecia. Demonstra a morte do Senhor ‘até que Ele venha" (Goodchild).

A Ceia do Senhor é obrigatória durante a dispensação da Igreja, porque:

a) Ordenada por Cristo

1 Co 11: “23Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei que Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei is em memória de mim. 25Por semelhante modo depois de haver ceado, tom também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. 26Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais morte do Senhor, até que ele venha”.

b) Observada pela Igreja primitiva

At 2.42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir pão e nas orações”. Leia também At 20.11.

“Há algumas perguntas que podem ser feitas em relação às suas ordenanças tais como estas: Qual o método apropriado de se realizar o batismo e a Ceia Senhor? Quem está habilitado a administrá-las? Quem é digno de recebê-las? Essas perguntas são respondidas de várias maneiras, segundo as diferentes interpretações das passagens pertinentes. Para nós é suficiente dizer em geral que essas ordenanças eclesiásticas, pelo que não devem ser administradas ou observadas em assembleias eventuais, ou por pessoas individuais, mas pela igreja em suas reuniões regulares, e segundo o padrão fornecido pelo Senhor Jesus Cristo” (Bancroft).



Parnamimirim-RN, 06 de junho de 2023


A graça do Senhor Jesus seja com todos nós.


Otoniel Medeiros

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